Seu estilo de vida é morrer aos poucos,
Feito louco, a procura de prazer.
De ilusão, pra calar o coração já rouco,
De gritar de agonia, de chorar noite e dia, de medo de morrer.
Mais uma dose, outra balada, essa estrada não tem fim?
Os pés sangrando, a garganta seca, a sede que aumenta.
O clarão no fim do túnel, é a chama do inferno, ai de mim!
Estou na sala de espera do lago de fogo, a eterna tormenta.
Suborno, propina, negociatas, o poder é uma maravilha!
O segredo é conhecer o esquema, ficar perto de gente influente.
Pra chegar até aqui eu paguei caro, meu coração, minha alma, minha família!
Não entendo o porquê da solidão. Tenho tudo o que queria, deveria estar contente.
Encontrei-me com um homem certo dia,
Que me ensinou o caminho da salvação.
Ao final da conversa saí ainda mais triste, pois não quis pagar o preço da alegria.
Minhas obras eram más, ganância demais, rejeitei a luz, mergulhei na escuridão.
Sozinho, no meu escritório bebo na taça o vinho da ira divina.
Menos um dia, mais uma gota num copo já prestes a transbordar.
A meia luz, é meia-noite, me ocupo com tudo o que posso, pra esquecer minha sina.
Garrafa vazia, agenda lotada, coração embriagado, tenho medo do sol não raiar…
Para ruminar vida afora:
“Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” “Então lhes recomendou: tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; pois a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” Mateus 16:26; Lucas 12:15.