Vivemos dias de notável idolatria do deus chamado “entretenimento religioso”. Depois de dois milênios, a igreja não assumiu ainda o seu papel de representante do Senhor e busca todas as formas para entreter a audiência. Como bem escreveu A. W. Tozer: “A igreja que não consegue adorar tem de ser entretida.”
Não há nada mais distante do cristianismo bíblico do que a insistência em entretenimento religioso que se tornou a tônica do nosso tempo. Refiro-me às invencionices humanas no sentido de abrandar a consciência perante a grandeza do Senhor, em cuja presença é necessário temor e tremor. Irreverentemente cauterizadas, as mentes modernas se voltam para os meios superficiais que anestesiam as almas. E assim o tempo que deveria ser dedicado à adoração verdadeira em espírito, é preenchido com fantasiosas demonstrações de euforia.
Que o Senhor tenha muita misericórdia desta condição em que a igreja insistentemente tem se envolvido. Se Ele utilizasse o mesmo rigor com que tratou os adoradores do bezerro de ouro no deserto, creio que muito choro seria ouvido nos círculos denominados evangélicos. Vamos voltar ao cristianismo bíblico e adorar ao Senhor na beleza da Sua santidade, para que a Sua glória seja demonstrada através de nós, vasos de barro em Suas mãos.
por Marcos Aurelio de Melo