“Afrontas me quebrantaram o coração, e estou fraquíssimo; esperei por alguém que tivesse compaixão, mas não houve nenhum; e por consoladores, mas não os achei” (Salmo 69:20).
No jardim do Getsêmani, enquanto Jesus orava tão intensamente que Seu suor caía como grandes gotas de sangue, os discípulos dormiam. Jesus veio a eles e lhes perguntou: “Por que estais dormindo?” (Lucas 22:46). Que dor o Mestre devia estar sentindo! Com ternura, Ele os advertiu: “Levantai-vos, e orai para que não entreis em tentação”.
Quando acabou de pronunciar tais palavras, uma tropa armada conduzida por Judas se aproximou. O traidor entregou o Mestre com um beijo, sinal combinado com os que O procuravam. Então Jesus perguntou: “Amigo, a que vieste?” (Mateus 26:50). Semelhantes palavras teriam comovido o coração de Judas se ele não estivesse tão duro como rocha.
Logo levaram Jesus diante do sumo sacerdote para condená-Lo. NEle não se achou qualquer delito; contudo, isso não impediu de alguém Lhe dar uma bofetada. Jesus disse: “Porque me feres?” (João 18:23).
Porém a pergunta mais dolorosa foi a que Jesus fez na cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46). Jesus expressava dessa maneira Sua extrema dor ao ver interrompida, pela primeira vez em toda a eternidade, Sua comunhão com o Pai. A resposta está no salmo 22:3: “Porém tu és Santo”, característica que foi sobremaneira ressaltada quando Jesus, o Filho de Deus, expiou nossos pecados.