O sítio arqueológico de Tel Burna já deu aos israelenses duas grandes descobertas este ano. Os pesquisadores acreditam ter encontrado ali a antiga cidade de Libna, mencionada muitas vezes na Bíblia.
Localizada em uma antiga aldeia localizada a 30 km de Jerusalém, o Tel possui ruínas de uma cidade do ano 7 a.C. Os restos de fortificações encontrados pelos especialistas comprovam que trata-se de uma cidade fronteiriça, erguida na Segunda Idade do Ferro, período histórico que coincide com o bíblico.
Por se tratar de uma fortificação, Libna provavelmente foi uma cidade estratégica, de onde os antigos israelenses podiam combater qualquer tipo de ataque. Ainda não foram achadas “provas incontestáveis” que realmente esta é cidade bíblica, como alguma escrita que remeta aos relatos do Antigo Testamento.
Sabe-se, por exemplo, que a cidade tomada por Josué, cedida a Judá, e destinada aos sacerdotes (Js 10.29 a 39; 12.15; 15.42; 21.13 e 1 Cr 6.57). Fez uma revolta no reinado de Jeorão (2 Rs 8.22; 2 Cr 21.10). Sendo ainda cercada por Senaqueribe (2 Rs 19.8; Is 37.8).
Também foram achados no local da escavação elementos de culto pagão, como placas e vasos em forma de animais. Porém, as datas de fabricação não correspondem ao período de governo judaico, mas sim cananeu.
A tempestade que caiu em Israel em meados de outubro, um fenômeno raro no país, ajudou os arqueólogos a encontrar uma enorme prensa de vinho em Tel Burna. O amplo sítio fica na Planície de Saron, que vai desde a cidade de Tel Aviv até o Monte Carmelo.
O local estava sendo preparado para que se implantasse uma linha de gás encanado e foi cavado em vários pontos. A inesperada quantidade de água que caiu revelou uma prensa de vinho medindo três metros por dois, capaz de armazenar 20 metros cúbicos de vinho, explica Alla Nagorsk, membro da Autoridade de Antiguidades de Israel, responsável pela confirmação da descoberta.