“Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele” (1 Timóteo 6:7).
O escritor Leon Tolstoi (1828-1910) conta a história de um servo russo que havia sido liberto da escravidão. Como paga por seus serviços fiéis, ele deveria receber toda a terra que pudesse rodear caminhando em um dia.
O homem se pôs a caminho ao raiar do sol. Não descansou todo o dia, comeu andando para não perder tempo. À medida que o dia passava, mais terreno era acrescentado às posses do futuro dono. Ele andou com muita pressa, sempre pensando que aquele bosque, aquela campina, aquele campo deveria lhe pertencer. Quando o sol se pôs, ele retornou ao ponto de partida. Uma sensação de felicidade encheu seu peito ao exclamar: “Tudo isso me pertence!” Então, caiu fulminado por um ataque do coração. Tolstoi termina a narrativa afirmando que o homem precisa de pouquíssima terra: seis pés debaixo do solo (cerca de 1,80 m).
Essa história nos lembra do versículo de hoje. Mas com quanta rapidez as pessoas se esquecem disso! Trabalham de sol a sol procurando acumular riquezas. E não são somente os gananciosos que agem assim. Esquecem que chegará o momento em que terão inevitavelmente de deixar tudo, não importa a meta que desejam alcançar. E isso pode acontecer repentinamente.
Temos de admitir: pode ser muito desagradável pensar nisso, porém precisamos enfrentar a realidade. O mais importante não são as posses materiais, mas, acima de tudo, as posses eternas e indestrutíveis que somente Deus pode nos dar. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23).