“Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (1 Timóteo 6:6-8).
Durante uma viagem ao interior de Portugal, minha esposa e eu encontramos um homem que conhecíamos bem. Que surpresa! Ele nos explicou que o lugar onde estávamos era sua aldeia natal e que todos os anos ia a França passar as férias. Aproveitamos a oportunidade para perguntar sobre antiguidades que havia nos arredores. Depois de enumerar várias, acrescentou que, segundo a opinião dele, existia algo mais interessante a ser feito. Fomos com ele visitar uma pessoa da aldeia. Paralisada há muitos anos, uma mulher vivia só em uma pequena casa onde havia apenas o necessário. A porta sempre permanecia entreaberta, de forma que tanto de dia quanto à noite os moradores da aldeia podiam entrar para falar com ela e ajudá-la. Nosso amigo perguntou:
– Maria, você não está aborrecida? A mulher respondeu com um doce e amável sorriso: – Estou muito feliz, Deus está comigo e confio nEle. Por isso não me aborreço. Além disso, todos são tão amáveis comigo.
Ficamos bastante comovidos; nunca pensamos que alguém pudesse viver em condições tão precárias e estar contente com tudo e com todos.
Como o apóstolo Paulo, Maria tinha aprendido a se contentar em qualquer circunstância. Em sua prisão, o servo de Deus, já velho, ainda acrescentou: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Filipenses 4:11-13). É possível que tal verdade seja real na minha e na sua vida. Basta nos rendermos e estarmos dispostos a aprender com o Senhor Jesus!