O diretor executivo da Associação dos Editores Cristãos (ASEC), Reiner Lorenz, é um dos que acreditam que a nova lei não vai trazer benefícios a muitos autores.
“Não haverá incentivo para compor uma obra, com isso a qualidade editorial diminuirá e consequentemente o leitor perderá a apreciação pela leitura e pelo livro”, diz.
Lorenz também mostra preocupação com as cópias não autorizadas, principalmente na internet onde é possível encontrar livros completos disponíveis para download.
“Estima-se hoje que o mercado editorial brasileiro perde mais de 1 bilhão de reais por ano por causa da pirataria do livro”, alerta o diretor da ASEC, responsável também a Feira Literária Cristã (FLIC).
Os prejuízos gerados pela pirataria tem resultado no fechamento de inúmeras editoras e gerado um grande mal entre os profissionais do setor, o que inclui escritores, tradutores, revisores, agentes literários e outros.
“A pirataria editorial é responsável, também, por um outro quadro problemático: as pequenas tiragens dos livros no Brasil. Este fato indica a estagnação do mercado leitor no país, fato que contribui para o aumento do custo do livro”, diz.
O gerente comercial dos Ministério RBC Brasil, Jader Terual, também tem algumas críticas sobre a nova lei. Ele até acredita que a longo prazo o projeto traga efeitos positivos ao setor, mas ele alerta para justamente a cópia das obras.
“Acredito que tudo aquilo que de alguma forma facilita a ‘Pirataria Editorial’ deve ser revisto, e neste ponto os efeitos serão muito negativos. Existirão prejuízos dentro de todas os níveis do processo editorial.”
Engana-se quem pensa que o mercado gospel não sofre com a pirataria. Não apenas CDs e DVDs são copiados e comercializados, como também livros. O diretor da RBC Brasil afirma que é fácil encontrar materiais falsificados tanto na internet como também em grandes centros comerciais voltados para o público evangélico.
“Desde cópias idênticas feitas de forma clandestina, layouts idênticos com o intuito de confundir o consumidor a livros assinados por autores que não gastaram um minuto sequer para escrever aquelas palavras, inclusive, em alguns casos, com o aval de ‘Editoras’”, alerta.