“De fato, é um tempo sombrio para nossas igrejas, mas nos consolamos porque ele está na presença do Senhor, a quem serviu fielmente desde jovem até o dia de sua morte. Ele era um homem bom. Peça a Deus que console os cristãos que estão de luto pela perda de um de seus pais espirituais”, disse uma cristã local à Portas Abertas.
Em meados de outubro de 2009, forças de segurança da Eritreia invadiram o lar do pastor Tewelde e prenderam três pessoas. Ele não foi preso porque estava com a saúde muito debilitada por conta de uma úlcera no estômago. Entretanto, foi posto em prisão domiciliar com guardas vigiando o lado de fora de sua casa.
Nos dias seguintes, a segurança prendeu mais 11 homens e mulheres que pertenciam à Igreja do Evangelho Pleno enquanto que o pastor Tewelde era interrogado sob prisão domiciliar. Inicialmente, uma irmã fora autorizada a cuidar dele devido ao seu estado de saúde frágil, mas foi dispensada mais tarde. Ele recebia a mesma porção de alimento dos que os presos recebiam, ou seja, um pedaço de pão e uma xícara de chá, pela manhã e à noite. Segundo fontes, a comida insuficiente agravou severamente a condição física do pastor.
Não está claro quanto tempo durou a prisão domiciliar inicial, mas a Portas Abertas foi informada que, nos anos seguintes, ele foi posto em prisão domiciliar uma segunda vez.
Embora ele pudesse conseguir autorização para viajar para o exterior, devido à sua idade, a fim de receber cuidados médicos, após a prisão domiciliar ele preferiu não buscar essa opção.
O pastor Tewelde era solteiro. Embora a Portas Abertas saiba que ele tinha um irmão, não se sabe, ao todo, quantos membros de sua família ele deixou.