“Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e disse-lhes: A quem buscais?” (João 18:4).
O Senhor Jesus já conhecia de antemão o que aconteceria com Ele. Isso foi um sofrimento adicional. Nenhum ser humano pode experimentar – e nem sequer imaginar – o que implicava para o Senhor saber tudo isso antecipadamente.
Contudo, junto com a dor que nosso Senhor teve de suportar, havia algo mais que Ele também antevia: o “gozo que lhe estava proposto” (Hebreus 12:2). Sabia que depois das horas sombrias na cruz, finalmente exclamaria: “Está consumado!”, e que ressuscitaria dentre os mortos como conquistador da morte e que voltaria ao céu. Ele, que havia glorificado a Deus, seria glorificado por Deus.
Também sabia qual o fruto que resultaria de Sua obra. Falou acerca de Si mesmo comparando-Se ao grão de trigo: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto” (João 12:24). Porventura o Senhor não antevia o ladrão na cruz, que se voltaria ao Salvador nos últimos instantes? Não via a multidão do redimidos que rodeariam Seu trono e O adorariam?
“Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Salmos 126:6). O Senhor também conhecia tais palavras proféticas.
Ele sabia da dor, do sofrimento, do preço caríssimo da nossa alma, do que seria necessário para a expiação dos pecados. Ele sabia da cruz, da ressurreição, dos redimidos, da “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pedro 2:9) que Ele compraria com Seu sangue. Você também sabe algumas coisas de antemão: a realidade do pecado e a sua necessidade de um Salvador, o amor de Deus para com os que crêem nEle e O obedecem e a ira divina sobre os que rejeitam Sua Palavra. Você sabe sobre o céu e o inferno. O que você fará com tal conhecimento?