Meditações sobre o livro de Deuteronômio

(Leia Deuteronômio 1:29-46)

“Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem” Salmo 103:13.

O deserto era grande e terrível. Mas como Israel o atravessou? Nos braços do Senhor (v. 31). À declaração que expressa profunda ingratidão do povo: “Tem o SENHOR contra nós ódio; por isso, nos tirou da terra do Egito” (v. 27), ouçamos como Deus responde pela boca de Moisés: “O SENHOR, vosso Deus, nele (no deserto) vos levou, como um homem leva a seu filho” (v. 31). Que ternura nessa comparação! O texto de Atos 13:18 completa: “E suportou-lhes, como uma mãe, os maus costumes por cerca de quarenta anos no deserto” (Versão Francesa de J.N.D.). O poderoso amor de um pai, a profunda ternura de uma mãe; Deus quer ser tudo para os Seus (veja também Salmo 103:13; Isaías 66:13)! O que um amor como esse exige em contrapartida? Nada além de completa confiança, tal como uma criancinha demonstra ao se permitir ser carregada nos braços dos pais.

Outra prova da fidelidade do Senhor foi o modo pelo qual Ele abrira o caminho para o Seu povo, explorando lugares e depois guiando-os de um lugar de descanso a outro (v. 33). Enviar os espias (v. 22) não representava desconfiança e dúvida de Seu terno cuidado?

Os temores da descrença foram substituídos por um ar de leviandade e presunção – uma atitude que inevitavelmente conduziria à derrota diante do inimigo e que, subseqüentemente, fez com que vertessem lágrimas de amargura (v. 45).