Um documento com data de 15 de Maio de 2011, publicado esta semana pelo site do jornal The Washington Post revelou a resistência à evangelização cristã por parte do Comitê Central do Partido Comunista Chinês.
O documento ordena vigilância contra evangelismo cristão nas universidades, considerando-o uma “conspiração ocidental” liderada pelos Estados Unidos.
Ele é intitulado “Sugestões para resistir bem ao uso da religião por indivíduos estrangeiros para se infiltrarem em institutos de ensino superior e para evitar o evangelismo nos campi universitários”, e refere-se aos estrangeiros que promovem a religião cristã nas universidades chinesas como uma doença.
Para o partido comunista Chinês a religião, especificamente o Cristianismo, seria uma tentativa de contenção ao crescimento econômico do país por parte dos Estados Unidos.
“As forças hostis estrangeiras têm dado grande ênfase à utilização da religião para se infiltrarem na China e desencadearem os seus planos conspirativos de ocidentalizar e dividir a China. Consideram os institutos de ensino superior como alvos prioritários se infiltrarem, usando a religião,
O documento enfatiza a importância da propaganda e educação da visão e princípios do partido comunista, sugerindo que o evangelismo cristão é uma “doença”.
O documento ainda orienta as universidades a ter mais atenção à vida espiritual e emocional dos seus estudantes, impedindo uma possível aproximação com estrangeiros que falam em Deus.
Outra iniciativa sugerida é o controle mais apertado na entrada de estrangeiros estudantes no país, principalmente os com principal interesse a evangelização dos chineses.
Embora o budismo seja a religião mais popular na China, o Governo é oficialmente ateu. No entanto, o Cristianismo tem tido um crescimento bastante notável no país.
De acordo com dados do estudo A Paisagem Religiosa Global, do Pew Forum on Religion and Public Life divulgado na terça-feira, estima-se que existam 68,4 milhões de cristãos, entre católicos e protestantes, na China, o que representa cerca de 5,1% da população.
A China, entretanto, é considerado pelo Departamento de Estado norte-americano um país particularmente preocupante devido a violações da liberdade religiosa. Muitos lugares onde ocorre encontros cristãos são forçados a fechar, os seus membros são perseguidos, detidos e enviados para campos de trabalho.