Portugueses exigiram uma nova discussão sobre uma revogação ou melhor regulamentação da lei da interrupção voluntária da gravidez.
Representantes de associações contra aborto concentraram-se nesta, sexta-feira,
Na escadaria da Assembléia da República, dezenas de jovens universitários se reuniram, vestindo-se de negro e com expressões de sofrimento. Eles traziam flores de papel colorido e fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas do aborto, mencionando que “60 mil pessoas que não chegaram a nascer.”
Os jovens são parte da associação “Vida Universitária,” que defendem a vida e se manifestam contra os números espantosos de aborto em Portugal desde que a lei que permite o aborto foi aprovada há quatro anos atrás.
“Não queremos ficar indiferentes, queremos mostrar o nosso horror perante estes números, são 60 mil pessoas que não nasceram nestes quatro anos e é preciso lembrá-los,” afirmou a jovem Inês Avelar Santos, porta-voz da associação.
Desta maneira, o grupo considera que depois de ter sido promulgada a lei que legaliza o aborto desde
A associação divulgou também um manifesto onde se alega que o Estado já gastou mais de 100 milhões de euros para eliminar o número de crianças equivalente à população de Aveiro.
Segundo o manifesto, o governo também “cortou em quase todos os apoios sociais, como o abono de famíllia; e o anunciado cheque bebê ficou na gaveta.”
“Milhares de mulheres vivem com graves dificuldades para sustentar os seus filhos. Mas uma mulher que aborte recebe, durante um mês, um subsídio de ‘maternidade’ correpondente a 100% do seu ordenado,” afirma o documento.
E ele acrescenta que “o Estado Social paga aborto, avião, táxi, hotel e subsídio com o dinheiro que usurpa dos bolsos de quem trabalha.”
Antônio Pinheiro Torres, um dos responsáveis da associação e secretário-geral da Federação Pela Vida, defende que a lei não existisse. Ele não concebe que “uma criança possa ser eliminada por seus pais não terem meios para poder sustentar.”
Ele sugere que a mulher faça e veja uma ecografia antes de abortar, para saber exatamente o que está ocorrendo antes de abortar. E que o aconselhamento seja feito não apenas por pessoas favoráveis ao aborto, mas também por quem o confronte com a possibilidade oposta e lhe mostre as alternativas.