As redes sociais são estruturas compostas por pessoas conectadas entre si, que partilham valores e interesses comuns. Pesquisas estimam que cerca de 80% dos usuários da web façam parte de pelo menos uma delas. Nos últimos tempos, percebe-se uma grande adesão por parte dos internautas aos sites desse tipo, além do surgimento de alguns modelos segmentados.
De acordo com o jornalista Fábio Bito, especialista em comunicação digital, o crescente interesse por sites dessa natureza pode ser atribuído a dois motivos: o primeiro é que as pessoas são naturalmente sociais, organizam-se e formam grupos de acordo com interesses, necessidades e objetivos comuns. Algo que sempre aconteceu, mas que foi potencializado pela internet.
O segundo motivo seria justamente o crescente acesso das pessoas à web, somado à cada vez mais frequente integração dos sites de mídias sociais no cotidiano dos internautas. “Desta forma, este fenômeno pode ser visto como uma união do interesse natural que as pessoas têm em viver em comunidade, além da facilidade tecnológica com que isso ocorre na internet”, avalia Bito.
As redes sociais refletem no mundo virtual o que existe na vida real. Um ponto em comum entre todas elas é o compartilhamento de informações entre as pessoas, conhecimentos, interesses e o empenho em busca dos mesmos objetivos.
Diferentes segmentos
O relacionamento entre os usuários conectados costuma ser o foco de redes sociais como o Facebook, Orkut, Myspace e o Twitter. No caso do Linkedin, o objetivo é estabelecer conexões profissionais. Há ainda as redes comunitárias, voltadas para pessoas que fazem parte de determinados grupos, empresas, bairros ou cidades.
“Acho que é bem mais interessante que existam pequenas redes ao invés de uma grande rede social com muitos usuários. Quanto maior o número de participantes, menor é a coesão e o potencial de transformação e comunicação entre eles”, afirma o jornalista.
Ele acredita que as redes sociais segmentadas são alternativas mais interessantes do que o Facebook, por exemplo. “Embora não se possa dizer que o surgimento dessas redes menores seja uma tendência para os próximos anos, elas já são uma realidade no cenário atual da web, e concorrem com a crescente massificação de uma rede única, como percebe-se que ocorrerá com o crescimento acelerado do Facebook em todo o mundo”, atesta Bito.
Comunidade Arca Universal
Um bom exemplo do potencial que as redes sociais segmentadas possuem é o da Comunidade Arca Universal, uma rede cristã, criada em abril de 2009, que já conta com mais de 100 mil usuários cadastrados.
“Sentimos a necessidade de encontrar na internet um ambiente saudável, moderado, onde as pessoas pudessem compartilhar seu tempo, suas experiências e, principalmente, sua fé entre os amigos, no Brasil e pelo mundo”, conta Paulo Cezar Siqueira Mendes, idealizador da rede cristã.
Além de encontrar vídeos, textos e mensagens que agregam valor à conduta e ao comportamento do internauta cristão, é possível conversar com bispos e pastores da Igreja Universal, que sempre trazem experiências e conselhos aos que precisam.
Na Comunidade Arca Universal, os internautas dispõem de todas as funcionalidades de outras redes sociais maiores, como fóruns, canais de debates, blogs pessoais, postagens de fotos, vídeos, jogos, além de uma lista de aplicativos externos que podem ser utilizados.
Apesar de os usuários, em sua maioria, serem membros da IURD, não há restrição quanto à participação de outros internautas. “Qualquer pessoa pode participar, independentemente do credo religioso. Nós prezamos pelo respeito, generosidade, cordialidade e compreensão. Não permitimos o uso de expressões vulgares ou palavras chulas, nem fotos ou vídeos com conteúdo obsceno”, explica Paulo Cezar.
Embora seja grande a participação dos jovens, em geral, o público é composto por internautas de todas as idades. São cerca de dez milhões de visualizações por mês e todo conteúdo é observado por uma equipe que realiza um criterioso sistema de moderação,
“Ultrapassamos a marca de cem mil membros e 10 milhões de visualizações por mês. Agora, estamos partindo para uma nova etapa de metas e melhorias, principalmente com relação à interatividade dos usuários com seus amigos, além da disponibilização de novas ferramentas”, conclui Paulo.
Além da Comunidade Universal, há ainda a Comunidade da Força Jovem Brasil, que também cresce a cada dia, e conta com mais de 60 mil usuários.