“E, se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos?, dirá ele: São as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos” (Zacarias 13:6).
Com as palavras acima, o profeta Zacarias fala dos sofrimentos que os seres humanos infligiram ao nosso Salvador. Por amor ao Seu povo Israel e a toda a humanidade, o Senhor Jesus veio ao mundo como servo de Deus. Infelizmente esse amor foi respondido com ódio e crucificação.
“A salvação vem dos judeus”, declara João 4:22. Mas os próprios judeus rejeitaram o Messias, em quem se concentravam todas as esperanças deles, e assim rejeitaram Sua salvação. O coração perverso daquele povo não descansou enquanto não cravaram as mãos e os pés de Cristo na cruz.
O Salmo 69 nos revela alguns dos sofrimentos que o Senhor Jesus teve de suportar: “Aqueles que me aborrecem sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça” (v. 4). “Aqueles que se assentam à porta falam contra mim; sou a canção dos bebedores de bebida forte” (v. 12). “Afrontas me quebrantaram o coração, e estou fraquíssimo” (v. 20). Isso corresponde às feridas do corpo e da alma feitas por aqueles para quem Ele tinha sido enviado. Na cruz vemos a suprema demonstração do ilimitado amor do Senhor: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).
Do ponto de vista da responsabilidade humana, o Senhor morreu como um mártir na cruz por amor à verdade. Porém, o outro lado de Sua morte, motivo de nossa eterna adoração, foi pela expiação de nossos pecados, através da qual Ele satisfez a justiça de Deus. “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades” (Isaías 53:5). Que benditas feridas!