Al Qaeda convoca muçulmanos para atacar EUA

O porta-voz da Al Qaeda convocou os muçulmanos que servem no Exército dos Estados Unidos a imitar o major das Forças Armadas, acusado de matar 13 pessoas em Fort Hood em novembro do ano passado.

Em um vídeo de 25 minutos postado em sites de militantes do grupo, Adam Gadahn, cuja nacionalidade é norte-americana, descreve o major Nidal Hasan como um pioneiro que deve servir de modelo para outros muçulmanos, especialmente aqueles que servem em bases militares ocidentais.

“Irmão Nidal é o modelo ideal para todos os muçulmanos penitentes na luta contra descrentes e regimes infiéis”, diz ele.

Gadahn, também conhecido como Azzam al-Amriki, estava vestido com uma túnica e um turbante brancos, e chamou a atenção para “alvos de alto valor”, além das bases militares.

“Você não deve cometer o erro de pensar que bases militares são alvos de alto valor na América. Ao contrário, existem inúmeros outros lugares estratégicos, instituições e instalações que, em golpes, o muçulmano pode fazer grandes danos”, disse ele, com um fuzil encostado numa parede ao lado dele.

Hasan foi preso em 5 de novembro por atirar e matar 13 pessoas em Fort Hood, Texas. O psiquiatra do Exército, de 39 anos, ficou paraplégico depois de levar dois tiros da polícia de Fort Hood.

Gadahn cresceu em uma fazenda de cabras em Condado de Riverside, Califórnia, e se converteu ao islamismo em uma mesquita nas proximidades do condado de Orange.

Ele é procurado pelo FBI desde 2004 e, dois anos mais tarde, foi acusado de traição. Há uma recompensa de US$ 1 milhão por informações que levem à sua prisão ou condenação. Seu paradeiro é desconhecido –acredita-se que esteja em algum lugar entre Afeganistão e Paquistão.

No vídeo, Gadahn diz ainda que o planejamento dos ataques não precisa do uso de armas de fogo.

“Como as benditas operações de 11 de setembro mostraram, um pouco de imaginação e de planejamento, com um orçamento limitado podem transformar quase qualquer coisa em uma arma mortal, eficiente e conveniente.”

Gadahn afirmou ainda que os combatentes devem usar os sistemas de transporte público no Ocidente, e também causar estragos “matando ou capturando as pessoas do governo, da indústria e da mídia.”

“Estou convidando todo muçulmano honesto e vigilante para se preparar e desempenhar o seu devido papel em responder e repelir a agressão aos inimigos do Islã: países da aliança cruzado-sionista em geral –e da América, Reino Unido e Israel em particular”, declarou Gadahn.