O Vaticano acusou as multinacionais de “invadir” gradualmente o continente africano para se apropriar dos recursos naturais, com a cumplicidade dos dirigentes locais, que colocam obstáculos à democratização de seus países.
Assim afirma o “Instrumentum laboris” (documento de preparação) do 2º Sínodo de Bispos para a África, que acontecerá de 4 a 25 de outubro, no Vaticano, e debaterá sobre a Igreja no continente a serviço da reconciliação, da justiça e da paz.
O documento foi entregue ontem pelo papa Bento 16 em Yaoundé aos presidentes das 36 conferências episcopais africanas.
O texto, de 56 páginas, é dividido em quatro capítulos: a situação atual da Igreja na África, a urgência de reconciliação, justiça e paz no continente, a missão da Igreja e reflexão sobre os cristãos comprometidos em todos os campos da sociedade.
Sobre a presença das multinacionais, o Vaticano afirma que estas “continuam a invadir gradualmente o continente para se apropriar de seus recursos naturais”.