(Juízes 11:29-40)
Alguma vez você já se arrependeu de algo que tenha feito ou falado na base da ignorância e/ou empolgação, mas que, infelizmente, já era tarde pra arrumar a bagunça? Creio que todos nós já fizemos alguma coisa desse tipo. Lembro-me quando comprei meu primeiro carro – eu fiquei todo empolgado quando vi um Dodge Polara 76, verde metálico. Era um carro com apenas quatro anos de uso e estava lindo de lataria e de estofamento. Sem pensar em nada, comprei a caranga. Pra encurtar a história, apesar de lindo por fora, seu motor estava fundido. Foi a primeira vez que ouvi falar sobre bielas, mas já era tarde e tive que arcar com o prejuízo. Minha ignorância em relação a carros usados me custou muito caro.
O que mais ficou gravado na história de Jefté não foi a vitória sobre os filhos de Amom, mas, na base da ignorância e da empolgação, o trágico voto que ele fez.
E qual foi o voto? “Se, com efeito, me entregares os filhos de Amom em minhas mãos, quem primeiro da porta da minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso, esse será do Senhor, e eu o oferecerei em holocausto.”
Que negócio é esse, Jefté? Será que se ele não fizesse esse voto, o Deus da graça não lhe daria a vitória? Jefté cometeu o maior erro de sua vida por ser ignorante em relação a votos, e, principalmente, sobre sacrifícios humanos. Logicamente que ele não esperava que sua própria filha saísse em primeiro lugar ao seu encontro, mas foi exatamente o que aconteceu: “Vindo, pois, Jefté a Mispa, a sua casa, saiu-lhe a filha ao seu encontro, com adufes e com danças: e era ela filha única, não tinha ele outro filho nem filha”.
– Jefté não podia ser ignorante sobre votos – votos não são proibidos, mas, também, não são obrigatórios, quer dizer, Deus não exige que alguém faça um voto para ser abençoado, porém, caso alguém faça um, precisa, então, cumpri-lo. (veja Eclesiastes 5:4-5). Isso nos ensina de uma maneira muito clara que, se quisermos fazer um voto ao Senhor, não há problema nenhum, desde que estejamos realmente dispostos a cumpri-lo.
– Jefté não podia ser ignorante sobre sacrifícios humanos – essa prática pagã era totalmente abominável ao Senhor (Deuteronômio 12:31, II Reis 16:3, 17:17).
Na base da ignorância e da empolgação, Jefté fez um voto terrível, o qual lhe custou muito caro. Que negócio é esse, Jefté?
Pense:
Ignorância da palavra de Deus, e até mesmo empolgação, podem nos levar a cometer erros, algumas vezes irreparáveis. Cuidado com isso!