O papa Bento XVI confirmou nesta quinta-feira durante uma reunião com representantes de organizações judaicas americanas que está preparando uma viagem a Israel, uma semana após a enorme polêmica provocada pela suspensão da excomunhão de um bispo negacionista.
O Papa também citou as palavras pronunciadas em 2000 por seu antecessor, João Paulo II, que pediu “perdão” aos judeus pelo Holocausto.
“Estou preparando uma visita a Israel, uma terra santa tanto para os cristãos como para os judeus, pois as raízes de nossa fé devem ser procuradas por lá”, declarou.
Bento XVI também disse concordar totalmente com a oração de João Paulo II. Ele lembrou que, dirigindo-se a Abraão e seus descendentes, seu antecessor declarou: “Estamos profundamente entristecidos pelo comportamento das pessoas que fizeram sofrer seus filhos e, ao pedir perdão, desejamos nos dedicar a uma verdadeira fraternidade com o povo da Aliança”.
O Papa aproveitou a ocasião da recepção desta delegação da Conferência das organizações judaicas americanas, liderada pelo rabino Arthur Schneier, para denunciar o negacionismo e rejeitar qualquer forma de antissemitismo.
“Qualqur negação ou minimização do crime (do Holocausto) é intolerável e inaceitável”, sentenciou Bento XVI.
“A Igreja está profundamente comprometida com a rejeição do antissemitismo”, garantiu.