Um novo e inusitado partido político promete fazer sucesso nas próximas eleições na Austrália. Fundado por Fiona Patten, uma estilista e ex-funcionária de uma empresa de diversão para adultos, o Sex Party (“Partido do Sexo”), vem ocupando espaço dos jornais e outdoors de seu país com o slogan “Nós levamos o sexo muito a sério”. O inusitado partido, criado há pouco mais de seis meses, está virando a grande atração para muitos liberais australianos. Centenas de pessoas já se filiaram à legenda, que participou com destaque da feira temática Sexpo, realizada em Melbourne mês passado. Só durante o evento, mil pessoas assinaram a ficha de filiação.
O Partido do Sexo foi criado, segundo sua fundadora, para combater o que chama de “sistema autoritário do Estado” em relação a temas ligados à sexualidade. “Nossos conflitos de interesse com o governo são os filtro na internet e o baixo índice de educação sexual nas escolas”, diz a ativista. Fiona reclama que os dispositivos de segurança instalados nos sites – cuja motivação é coibir práticas como a pedofilia e a pornografia infanto-juvenil – acabam restringindo a liberdade de expressão dos internautas quando o assunto é o sexo. Para a líder do Partido do Sexo, isso prejudica os sites de conteúdo adulto e seus usuários.
Fiona, que é casada há vinte anos, argumenta que o sexo faz parte da vida de todos, e por isso espera o apoio popular ao partido, que ainda não lançou candidatos a cargos eletivos. No site da legenda, uma defesa apaixonada do sexo: “Sexo é uma coisa maravilhosa. É a partir dele que nascemos e, na maioria das vezes, não é por causa dele que morremos. O sexo como gênero define quem somos e, muitas vezes, a nossa função na sociedade”. A criação do Partido do Sexo, no entanto, é fruto de anos de planejamento, segundo Fiona. “Há alguns anos um ex-conselheiro político do alto escalão vinha nos incentivando. Ele dizia que nos daríamos muito bem politicamente.”