O Ministério de Cultura do Tadjiquistão impediu que 100 mil Bíblias no idioma de tajik, compradas pela comunidade batista local, entrassem no país. De acordo com o “Asia Plus”, um jornal semanal publicado em Dushanbe, o chefe do departamento para Assuntos Religiosos, Idibek Zieev, disse que o volume de Bíblias é muito grande para a comunidade batista de aproximadamente 1000 membros.
O funcionário do governo disse que era estranho importar tantas cópias da Bíblia num país onde 95% por cento da população é formada por muçulmanos. O Tadjiquistão tem aproximadamente 6.5 milhão pessoas. Nenhuma lei proíbe a importação de literatura religiosa no país asiático central, de acordo com um advogado contatado pela “UCA News”.
“Para ser honesto, é uma decisão absolutamente incompreensível, porque não há nenhuma restrição à importação de literatura religiosa no país”, disse o advogado que preferiu permanecer anônimo. “Eu realmente não sei como a Bíblia não está em conformidade com as leis da República de Tadjiquistão.”
Líderes da comunidade batista contatados pela “UCA News” preferiram não comentar o assunto. A notícia também reforçou a preocupação da pequena comunidade católica com cerca de 250 pessoas e que também teve problemas para importar literatura religiosa.
“Estou realmente desapontado com a posição rígida e hostil do Comitê para Assuntos Religiosos do Ministério da Cultura relativo à entrega de literatura religiosa para o Tadjiquistão”, disse Carlos Ávila, que encabeça a Igreja Católica no país.
O Tadjiquistão ganhou a independência em 1991, com o colapso da União Soviética, mas sofreu uma guerra civil com rebeldes muçulmanos de 1992 até 1997, quando foi assinado um acordo de paz.