Treze cristãos, 11 deles adolescentes, foram mantidos sob custódia policial na região de Xinjiang, na última sexta-feira, dia 29 de fevereiro, acusados de envolvimento em uma “reunião religiosa ilegal”, segundo investigadores cristãos.
Os 11 menores e dois adultos foram detidos por funcionários da Agência de Segurança Pública (PSB), no momento em que participavam de um grupo de estudos bíblicos em uma igreja doméstica subterrânea no município de Huocheng, região do distrito municipal de Qingshuihe.
As detenções obscureceram as notícias de que foram presos na Mongólia Interna cerca de 40 líderes de igrejas, incluindo um missionário da Coréia do Sul (leia mais sobre este caso).
Segundo informações da Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês), foi pedido ao presidente da Aliança de Igrejas Domésticas Chinesas da Mongólia Interna, o pastor Wang Dawei, o pagamento de uma multa de 100,000 iuanes (R$26000) “pela impressão ilegal de bíblias”.
Dentre esses cristãos detidos estão duas mulheres, identificadas como Fu Junho, de 41 anos, e Lu Lanxiang, de 42 anos.
Além disso Lou Nan, de 16 anos, filha do pastor Lou Yuanqi, que conduz uma igreja doméstica, esteve presa com as outras crianças, de acordo com fontes cristãs locais.
Segundo notícias, o pastor Lou foi detido em outubro de 2006, junto com três outros líderes cristãos, por organizar uma igreja doméstica. Todos esses líderes já passaram 32 dias na prisão, onde eram diariamente espancados pelos guardas e demais presos, de acordo com a CAA.
Pastor Cai sofre nova perseguição
O grupo também informou que na quarta-feira passada, dia 27 de fevereiro, o pastor de uma igreja doméstica em Beijing, Cai Zhuohua, ficou detido durante seis horas em um escritório do PSB no distrito de Changping, quando ele foi obter o cartão de residência do filho dele.
Ele foi acusado de produzir “falsos documentos” e só foi liberado no final do dia. A CAA acredita que o molestamento policial tem ligação com as atividades de igreja dele.
Recentemente o pastor Cai foi libertado, depois de três anos de prisão, por imprimir Bíblias. Foi ele quem declarou para agências de notícias internacionais que durante o período em que esteve preso passava o dia costurando bolas para a Olimpíada.