O bispo Auxiliar de Cartum, dom Daniel Marko Kur Adwok, tem alertado para a dramática situação vivida no Sudão. Ele tem sido uma voz incômoda para o regime, denunciando as falhas de quem governa o Sudão no que diz respeito à construção de um país próspero e pacífico.
Em entrevista ao site da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), este responsável acusa o governo do Sudão de “querer fazer do país um Estado islâmico, custe o que custar”.
O Partido do Congresso Nacional, parte da Frente Islâmica Nacional de Hassan El Tubabi, chegou ao poder por um golpe militar, em 1989, e prossegue desde então uma política de islamização das instituições “públicas ou privadas”.
O prelado considera que há a tentativa de “fazer reviver a civilização árabe e islâmica no Sudão, sem espaço para quaisquer outras religiões ou culturas”.
Pelo menos 2,3 milhões de pessoas no Sudão foram obrigadas a deixar suas casas e a procurar refúgio em campos onde estão totalmente dependentes das Nações Unidas e organizações humanitárias. Todos os dias morrem pessoas, a maior parte crianças.