Professora britânica é detida por uso “inadequado” do nome Maomé

A polícia sudanesa prendeu uma professora britânica por ter permitido que seus alunos chamassem um urso de pelúcia de Maomé, o que seria um insulto ao profeta, anunciou a embaixada da Grã-Bretanha em Cartum na última segunda-feira.

Gillian Gibbons foi detida no domingo, depois das denúncias apresentadas por pais de seus alunos, que não concordavam com o fato da professora ter permitido que as crianças dessem o nome do profeta do Islã ao brinquedo.

A professora passou a noite de domingo para segunda detida, mas não foi acusada. Apesar de sua atitude ter sido considerada um insulto ao Islã.

“Foi detida no domingo pela polícia e está numa delegacia de Cartum. Já a visitamos, está emocionada, mas passa bem”, informou um porta-voz da embaixada britânica na capital sudanesa.

“Continuamos o caso junto às autoridades sudanesas e com a escola, que prestou assistência jurídica. Ela não foi formalmente acusada, mas a investigação continua”, completaram estas fontes.

Segundo a embaixada, a professora nunca teve a intenção de ofender ao chamar ursinho desta forma.

A sharia – lei islâmica – é rigorosamente aplicada no norte do Sudão, onde o Islã é a religião da maioria.

Comentário: O caso revela o nível de repressão em um país governado pela sharia. Se as autoridades não medem esforços para criar um incidente diplomático com a Grã-Bretanha num caso como este, imagine quando um cristão comenta algo sobre o Alcorão ou o profeta Maomé que os desagrade. Devido à sensibilidade do tema, muitas vezes os cristãos enfrentam falsas acusações de insulto ao Islã com o objetivo de serem incriminados. Mantenha o Sudão em suas orações e os poucos missionários que lá se encontram.