No Irã, casal cristão é detido pela polícia e não dá mais notícias à família

No Irã, a polícia secreta local prendeu um casal cristão dentro de casa, na cidade Mashhad, nordeste do país. Reza Montazami, 35 anos, e sua esposa Fereshteh Dibaj, de 28, tiveram o apartamento invadido por policiais à paisana, por volta das 7h do dia 26 de setembro. O casal foi levado preso e obrigado a deixar a filha, Christine, de 6 anos, sozinha em casa. Desde a prisão, Montazami e Dibaj permanecem incomunicáveis.

Os policiais alegaram permissão para apreender alguns bens da família que estavam no apartamento. Eles levaram computadores, objetos pessoais do casal e livros cristãos. Antes de ser preso, Montazami ligou para a casa da mãe, pedindo que ela fosse buscar a neta no local. O casal foi conduzido num veículo não identificado. Quando a avó chegou, dois homens ainda vasculhavam o apartamento.

Antes de sair da casa do filho, a mãe de Reza perguntou aos homens sobre o paradeiro do casal. Eles responderam que Montazami e Dibaj tinham sido levados para um posto policial próximo. Mais tarde, familiares foram ao lugar indicado e o serviço policial informou não saber nada sobre a prisão.

A família, então, decidiu procurar outro posto da cidade. Lá, um membro do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) admitiu que o casal havia sido preso para interrogatório. Os oficiais se recusaram a dizer o motivo da prisão de Montazami e Dibaj aos parentes e também os impediram de ver o casal.

Os familiares voltaram diversas vezes ao posto, mas ainda não obtiveram informações precisas sobre a prisão dos cristãos, nem conseguiram ver o casal. A família foi informada de uma audiência, mas eles também não compareceram. Um iraniano que abandonou o islamismo para ser cristão contou que foi muito perseguido por causa da sua decisão. “Eles estão mentindo. É uma guerra psicológica para manter as famílias inseguras e com medo”.

Mesmo preocupados, a família ainda tem esperança. “Eles não informaram os motivos da prisão. Pedimos que orem. Nós acreditamos no poder da oração”, disse.