A União Européia começa a pagar os subsídios sociais de 270 euros aos mais necessitados nos territórios palestinos, conforme anúncio da comissária européia de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner. A ação parte do Mecanismo Internacional Temporário de ajuda constituído pela Comissão Européia – órgão executivo do bloco. Segundo a comissária, os subsídios beneficiarão 625 mil pessoas, sendo 11.500 trabalhadores dos serviços de saúde.
De acordo com a Folha Online, o mecanismo foi criado em junho deste ano a fim de amenizar os resultados devastadores sobre a economia palestina provenientes da interrupção de relações diretas com o governo palestino liderado pelo Hamas – grupo terrorista e partido político democraticamente eleito.
A suspensão das ajudas ao governo, por parte dos Estados Unidos e da União Européia, se deu porque o Hamas – vencedor das eleições de 25 de janeiro – se nega a reconhecer Israel, renunciar a violência e aceitar os acordos de paz de Oslo, de 1993. Israel – principal arrecadador de impostos e fonte de financiamento da Autoridade Nacional Palestina (ANP) – também bloqueou os cerca de US$ 50 milhões que doava todo mês. Por causa disso, a ANP não pode pagar, há meses, os salários de seus 165 mil funcionários. Dessa renda depende um quarto da população.
Segundo Ferrero-Waldner, com o pagamento dos subsídios o mecanismo tornou-se operacional. A União Européia distribui desde junho materiais essenciais aos hospitais, como combustível para manter em funcionamento os geradores elétricos, e subsídios aos trabalhadores dos serviços de saúde. No total, o orçamento de ajuda aos palestinos chega a 330 milhões de euros.