Chegamos em São Tomé no primeiro trimestre do ano de 1998. Fixamos residência no bairro de Fruta-Fruta na área central da cidade de São Tomé que é a capital do país. O contato com os vizinhos aconteceu de forma natural. Eles se aproximaram amigavelmente movidos por uma simpatia típica que cultivam pelos brasileiros. O primeiro trabalho que realizamos foi uma classe de cinco dias para crianças e adolescentes. Esta classe transformou-se em uma frutífera classe de boas novas. Além das crianças e dos adolescentes ganhos, a classe tornou-se um elo de ligação com as famílias dos nossos alunos. Foi quando iniciamos a evangelização de adultos através do Ensino Bíblico. A primeira classe de ensino bíblico evangelístico, contou com 40 alunos.
Durante 6 meses ensinamos a Palavra de Deus cronologicamente de Gênesis a Atos. O resultado foi uma colheita de mais de 30 vidas. Imediatamente a sala de 24 metros quadrados onde reuníamos tornou-se insuficiente. Foi quando passamos a reunir no quintal aos fundos da casa onde morávamos. Ali havia um abacateiro e nos servimos da sua sombra ao longo de 3 anos. Carinhosamente denominamos este período de “a fase do abacateiro”. Pois ali nasceu a igreja que reúne na capital. O trabalho cresceu e expandiu-se. A partir da capital, alcançamos outras vinte localidades. Como resultado desse esforço missionário foram implantados diversos trabalhos.
Ainda hoje, a igreja mantém um bom dinamismo na evangelização. Durante quase um ano, a igreja contou com a valiosa cooperação da família Macedo procedente do Rio de Janeiro. Nessa época nos mudamos para o interior para estabelecer as igrejas em Ribeira Afonso e Nova Canaã. Com o retorno da família Macedo ao Brasil a igreja ficou sem lugar para reunir. Então por iniciativa dos próprios irmãos foi alugado um local antes usado para bailes. E até hoje este é o local de reunião da igreja na capital. É um terreno murado, com 3 barracas cobertas de zinco. Uma maior serve como salão de reuniões, e outras duas menores servem as classes da Escola Bíblica dominical. Esta fase temos denominado de “fase das barracas”.
Neste momento a situação é precária. Pois nas manhãs de domingo a freqüência vai acima de 150 pessoas. A proximidade entre as classes e o calor escaldante refletido pela cobertura de zinco, exigem um esforço grande para os participantes do culto dominical que dura em média 3 horas. Isto tem afastado os visitantes e criado vários embaraços especialmente na hora do ensino Bíblico. Cremos que isto tem travado o crescimento numérico da igreja. É indispensável e urgente a mudança para um novo local. Porém, isto tem se tornado uma tarefa impossível. O aluguel de uma sala no centro da cidade onde estão os imóveis disponíveis não fica por menos de 4.000,00 reais por mês.
Recentemente o Senhor possibilitou-nos a aquisição de um terreno muito próximo do centro da cidade. O grande desafio que se põe é a construção de um salão de reuniões com salas para o ensino Bíblico. E nisto esperamos contar com a vossa costumeira generosidade.
Informações Diversas:
População total do país: 160.000 habitantes.
População da cidade de São Tomé: 50.000 hb. (aprox.)
Situação em relação ao Evangelho: Liberdade, abertura e boa aceitação. Porém a presença dos movimentos neopentecostais e das seitas e religiões torna-se a cada dia mais forte e opressivo.
Membros em comunhão na igreja na capital: Perto de 100
Freqüência às reuniões: entre 150 a 200 pessoas entre adultos e crianças
Congregações: Apenas uma. Está localizada na vila da Pinheira. Com aproximadamente 10 crentes. A igreja já dispõe de um belo terreno ali, e construiu uma barraca como local de reuniões.
Pontos de pregação atualmente: Santa Luzia (diversos outros locais foram abandonados, por falta de recursos financeiros para a deslocação)
Situação atual da igreja: Ainda está sob nossa responsabilidade, mas vai a caminho de em breve ter a sua liderança reconhecida e sua autonomia também. Neste momento visito a igreja apenas uma vez por mês. Todos os ministérios são desenvolvidos por irmãos nacionais. O irmão Agapito Paraíso, juntamente com o irmão Alfredo Pontes respondem pela liderança da igreja.
Custo de uma construção: Ainda não fizemos o projeto de construção, mas posso adiantar que o custo da construção civil por aqui é amargo. Acho que devemos construir uma casa de oração para pelo menos 400 pessoas. Isto não ficará por menos de 20.000 Euros.