“Quando nos tornamos hipócritas? É quando perdemos a sensação da presença ativa de Deus conosco. Quando nos preocupamos mais com o que os outros pensam de nós do que com o que nosso Senhor e Salvador pensa de nós, é que estamos em terreno perigoso. Creio que uma das coisas que Deus faz no turno da noite é revelar essas nossas inconsistências perigosas. Ele fará isso com gentileza e brandura se permitirmos; caso contrário, encontrará outros meios que talvez não nos agradem de jeito nenhum.”[1]
“Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.”[2]
‘Qual é a pior dor que existe?’ Já ouvi esta pergunta muitas vezes. Não há na literatura médica qualquer referência à uma dor que seja mais ‘doída’ que outra. Uma mulher que dá a luz toma as dores do parto como a pior das dores. Um paciente com câncer nos ossos, não imagina que possa haver dor mais lacinante que sua própria. Eu, particularmente, não consigo imaginar o que possa ser mais doloroso que uma cólica renal.
Na verdade, a pior dor que existe é a que nos aflige. A dor tira nossa força. Sentir dor desperta em nosso cérebro uma série de alterações que são traduzidas da seguinte maneira: ‘Você está sendo atacado! Fuja! Defenda-se!’
Você sabe qual o pior pecado que existe? Poderíamos dizer que todos os pecados são iguais aos olhos de Deus, sob o ponto de vista teológico-universal. Tenho aprendido, porém, que o pior pecado que existe, do ponto de vista da comunhão com Deus, é o meu. Cada vez que peco, não é meu irmão em Cristo ou meus alunos que ficam mais longe de Deus. Sou EU. Meu pecado é como minha dor. É só meu. Tira minha força. Me deixa incapacitado para viver plenamente. “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.”[3]
Senhor, sou o pior de todos os pecadores. Reconheço que cada vez que peco, fico menos parecido com Jesus e mais parecido com os fariseus. Quantas vezes eu tenho falado do Senhor às pessoas, mas não estou perto de Ti. Falo que Tu queres ser Senhor das vidas, mas não O tenho como Senhor da minha própria. Aponto o pecado que destrói o outro e não reconheço o meu. Que tenho, oh Deus de diferente deles? Nada! Que tenho de melhor? Nada! Que tenho a te oferecer pelo perdão? Nada! Senhor, quero sentir em relação ao pecado como que uma dor profunda e lacinante cortasse minha alma, ansiando afoitamente o divino perdão para obter o alívio pleno. Amém.
“Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.”[4] “Bem-aventurado (FELIZ) aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto.”[5]
Notas:
[1] MEHL, Ron. Deus trabalha no turno da Noite. Quadrangular, p.208 [2] Salmos 32:4 (ERAB) [3] Salmos 32:3 (ERAB) [4] 1 Timóteo 1:15 (ERAB) [5] Salmos 32:1 (ERAB)