“… trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR, Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho, e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou”. Gênesis 4:3-5
Fazer de qualquer jeito, fazer o mínimo possível, fazer somente pra se livrar da responsabilidade, fazer enquanto o chefe está por perto, fazer de má vontade, em outras palavras, fazer isso ou aquilo, relaxadamente. Em se tratando de fracassados e perdedores, é assim que as coisas funcionam nesse nosso mundo, e infelizmente, é assim também que, algumas vezes, funciona entre os próprios servos de Deus.
Desde Caim, a obra do Senhor tem sido mal feita ao longo dos anos. Pessoas assumem compromissos, no entanto, não se esmeram por fazer o melhor. Presbíteros e pastores que pastoreiam de longe, sem envolvimento com suas ovelhas, líderes que não se empenham em projetos e realizações, ensinadores que não se preparam adequadamente para causar aprendizagem aos seus alunos, membros de igreja que são verdadeiros esquenta bancos e facciosos, mantenedores que só dão aquilo que sobra, missionários que ficam dentro de seus escritórios ou casas e não vão atrás das almas perdidas, adoradores que não adoram em espírito e em verdade.
Como se diz na gíria do futebol – “está faltando colocar o coração na ponta da chuteira”. Como será que Deus está vendo tudo isso? Será que Ele está aceitando a ação? A história de Caim e Abel nos deixa uma bela lição de que nosso trabalho e nossa devoção, para que sejam aceitos: tem que ser de coração.
Por que a oferta de Abel foi aceita e a de Caim não?
- Deus mostrou o caminho pelo sangue.
- Deus mostrou que é pela fé.
- Deus mostrou que conhece o coração do homem.
A lei de Moisés não tinha sido dada, mas Deus deixara o exemplo a Adão (Gn.3:21; Hb. 9:22 cf. 12:24). Antes de oferecer adoração, é preciso a reconciliação com Deus. Mas tem que ser do jeito de Deus.
Abel creu em Deus, confiou na Sua Palavra, em Sua orientação e, então, “ofereceu mais excelente sacrifício do que Caim…” (Hb.11:4). Quando há fé, há, também, ações para confirmá-la.
Caim era do mal. Deus conhecia todos os seus atos e pensamentos, os quais eram maus. João declarou que Caim era do maligno. Notem que está escrito: “Deus não se agradou (1º) de Caim, (2º) de sua oferta…” (Gn.4:5). Por outro lado, Abel era justo e suas obras eram justas. Tudo que ele fazia era autêntico, era verdadeiro, por isso mesmo, “Deus se agradou (1º) De Abel, (2º) De sua oferta” (Gn.4:4b).
Percebemos, então, que Deus está de olho em nossos corações, muito mais do que em nossas ações. Ele quer que seja de acordo com a Sua Palavra, Ele quer que seja por fé, e Ele quer que seja autêntico. Assim sendo, nunca nos contentaremos em fazer de qualquer jeito. Saberemos sempre que tem que ser de coração.