Conduta de Risco

Só de falar que no filme tem o George Clooney pra mim já se torna pré-requisito para assistir. Bom, tenho isso também com o Johnny Depp, Mel Gibson, entre outros. Mas isso não significa que o filme será bom. Esses atores citados já fizeram filmes que me decepcionaram, mas não foi o caso deste. Conduta de Risco é um baita de um filmão! Mas peraí, antes de você ir correndo para a primeira sala de cinema que esteja passando o filme, deixe-me explicar algumas coisas.

“Conduta de Risco” não é um filme com muitas explosões, correrias, diálogos exaltantes e garotas malhadas. É uma película com diálogos expressivos, tramas bem amarradas e uma história em que tudo mostrado serve para montar um quebra-cabeças com final surpreendente. O filme é meio lento, se arrasta no meio e tem momentos em que você não sabe nada do que eles estão falando. Mas quando todas as pontas se juntam, faz com que você saiba porque pagou pelo ticket na bilheteria. Vamos à história.

George Clooney é Michael Clayton, um advogado que trabalha para uma mega empresa de advocacia em Nova York, Seu serviço se resume a ser uma espécie de faxineiro, que, com contatos e influência, limpa as sujeiras que os grandes clientes fazem. Na mesma empresa trabalha Arthur Edens (Tom Wilkinson – perfeito em seu papel) que teve uma conduta estranhíssima durante o caso mais importante da empresa, um processo contra a indústria agriquímica U/North.

Michael Clayton tem sua vida perturbada: Tem seu bar falido (com isso ganhou uma dívida monstruosa), tem um filho com sua ex-esposa, gosta de uma jogatina e possui desavenças com seu irmão. No meio dessa avalanche, tenta ajudar seu amigo advogado a se recuperar do surto e acaba mergulhando nessa história.

A conselheira da empresa U/North tem seu caráter provado e ela fez sua escolha.
O advogado Arhur, conhecendo a verdade, fez sua escolha.
O advogado Michael Clayton, podendo se omitir, fez sua escolha.

O filme mostra como as pessoas agem aflorando seu caráter em determinada situação. Isso me fez pensar nas escolhas que temos no dia-a-dia: se escolhemos a verdade por piores que sejam as conseqüências, ou se damos um jeitinho de escondermos tudo para mantermos as aparências.

Bom, curti muito o filme. Não conseguia me mexer ao final. Fiquei lá… refletindo, pensando e analisando a escolha do personagem de Clooney.

Não poderia terminar essa crítica dizendo que estou torcendo para o George ganhar o Globo de Ouro e para que, quem sabe, também concorra ao Oscar?
E se você se arriscar a assistir esse filme, não perca uma palavra desde a fala inicial. Assim que começa o filme, ela já se inicia. Majestosa.