A tarde da última quinta-feira acabara de dar entrada, sucedendo uma manhã explendorosa abençoada por Deus, quando sentado no degrau da escada da casa da minha mãe, uma cena me chamou a atenção: várias formigas rodeavam uma única, morta talvez há algum tempo, dando voltas a esmo e sem sentido. De repente, uma saiu do nada, colocou-a sobre as costas e partiu rumo ao formigueiro desaparecendo do meu campo de visão.
Refletindo sobre o acontecido, transportei meu pensamento a uma conversa que nosso grupo teve recentemente em que um querido irmão compartilhou com os presentes a ausência dos amigos na vida dele e comparei a situação à cena das formigas.
Quantos estão à nossa volta preocupados com seus problemas? Quantos pensam que os outros é que devem ligar para nós para ver se precisamos de algo ou de ajuda? Quantos acham que os próprios problemas são maiores e mais importantes do que os dos outros?
E aí, posiciono a cena das formigas nestas linhas. Qual das formigas nós somos? Aquelas que rodeavam a morta, a própria morta ou a que colocou a morta sobre as costas e a carregou para casa?
A Palavra de Deus diz que só um grão de trigo, quando cai no solo, desaparece. Isto acontece quando vivemos sozinhos, preocupados conosco. Mas quando morremos para o egoísmo, somos iguais aquele grão de trigo que dá muito fruto.
A vida não espera pelas pessoas. Se queremos sobreviver a ela, devemos reconhecer Cristo como nosso Salvador e saber que Ele, como ninguém, valorizou a amizade. Exemplos bíblicos não faltam para afirmar tal verdade.
O amigo nos agarra na queda, nos sustenta e nos reergue porque foi autorizado por Cristo para isso que representa uma esperança de suportamos as tribulações consolando-nos mutuamente. Oremos pelos nossos amigos e incluam nestas orações também os inimigos, para que um dia possamos nos abraçar em Cristo.
Não esqueçam: não há sofrimento antes de haver glória, mas há amigos que o conduzem a ela. Há uma cruz… diante da coroa que só Cristo, nosso melhor amigo, é que pode ajudar-nos a suportá-la.