O trailler não foi o que chamou a atenção, na verdade, a primeira impressão é de mais um filme fora da realidade com incrementos sobrenaturais. Mas, o filme surpreendeu. Talvez pela falta de expectativas. O interessante é que dá pra fazer uma leitura teológica da película, ainda mais quando se tem um pouquinho mais de bagagem bíblica. E mesmo não tendo, mostra o mundo espiritual bem presente no mundo real sem caricaturar suas figuras, como o diabo e seus demônios, pessoas “comuns” com suas características peculiares.
Em busca de uma alma, o diabo, Mefisto (Peter Fonda) se encontra com um jovem – Johnny Blaze (Nicolas Cage), e lhe oferece o que ninguém mais podia fazer: curar o tumor de seu pai que já estava bem debilitado. Em troca, ele tinha apenas que dar a sua alma, assinando o contrato com seu sangue. Sem se importar muito com o que aquilo lhe implicaria, ou sem explicações suficientes por parte do diabo, este apressa os certames.
Na manhã seguinte o pai é outro, saudável e disposto, mas morre misteriosamente na apresentação de motos do circo. O jovem se dá conta do engano e, ao tentar ir em busca do seus sonhos com sua namorada, descobre que se tronou um escravo do diabo, pois vendeu sua alma. Passa os anos sozinho e estudando livros teológicos, buscando se libertar de sua maldição. Vive desafiando a morte como uma forma de se descobrir.
Até que nesses desafios reencontra sua antiga namorada (Eva Mendes) e deseja ter a vida que perdeu, quando também o diabo lhe exige que cumpra seu desejo – ser o justiceiro do diabo, enfrentando demônios cruéis. Quando percebe que seus poderes noturnos eram sujeitos à vontade dele, Johnny o usa para proteger inocentes e enfrentar o diabo.
O intererssante do filme é ver que as pessoas ignoram o mundo espiritual, ignoram o valor de suas vidas, mas que nem por isso essas coisas deixam de existir.