Um rico banqueiro consegue R$ 50 milhões numa transação de investimentos em Precatórios. Ele decide usar sua secretária como “laranja”. Mas a situação se complica quando, ao fazer o depósito, um dígito errado faz com que o dinheiro caia na conta de uma mulher honesta e trabalhadora cujo marido acaba de ser demitido.
Cinema nacional sempre causa uma certa desconfiança, certo? Eu mesmo não fiquei muito empolgado quando surgiu a oportunida de ver Caixa 2 no cinema, mas acabei aceitando a idéia por não encontrar mais nada assistível em cartaz no cinema que freqüento. Felizmente não foi tão torturante quanto eu achava que fosse, ou melhor, foi uma aventura bem interessante.
“Caixa 2” reúne um elenco de peso ao adaptar a peça homônima de Juca de Oliveira, e o elenco é justamente o grande trunfo do filme. Na história, cada ator representa o estereótipo de algum membro da sociedade, desde o banqueiro inescrupuloso (Fúlvio Stefanini) até a professora honesta e sonhadora (Zezé Polessa). Todos eles estão muito bem e entregam uma obra digna. Claro que não podemos esperar de um filme como este uma grande produção hollywoodiana, mas se você for preparado para se divertir, vai se divertir muito.
A história é bem amarrada e bem contada. O filme não cansa, principalmente porque tem apenas 1 hora e meia de exibição. O trabalho foi bem feito e vale o ingresso.
A única coisa triste de se ressaltar é que o palavrão ainda é um elemento muito importante para se fazer humor. Muitas das piadas do filme utilizam este recurso, mas isso, apesar de incomodar, não chega tirar o brilho dessa obra bem elaborada e dirigida
por Bruno Barreto, o mesmo de O Casamento de Romeu e Julieta.