A VERDADEIRA ADORAÇÃO

Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou (Salmos 95:6).

Geralmente se ouve a ideia de que ouvir a um sermão é adoração, mas, no sentido mais estrito, nem ouvir a um sermão nem oração intercessória é adoração. Assim, três coisas comuns nos serviços da igreja deveriam ser consideradas como distintas: adoração, oração e ouvir a Palavra de Deus apresentada por alguém que tem um dom para isso.

Na adoração, nós apresentamos ao Pai e a seu Filho, o louvor, ações de graça, e gratidão de nosso coração por quem ele é e pelo que ele tem feito – buscamos dar alguma coisa a ele, em vez de receber alguma coisa dele. De modo inverso, na oração intercessória, vamos a Deus por socorro, apresentando diante dele as nossas necessidades ou as necessidades de outros. O ouvir a um sermão, buscamos receber dele uma mensagem de instrução, correção, encorajamento ou exortação – recebemos alguma coisa dele. É verdadeiro que a oração intercessória e as mensagens da Palavra de Deus podem nos conduzir à adoração, mas, no sentido exato, eles não são adoração!

Alguns cristãos associam adoração coletiva com a Ceia do Senhor, pois nela temos o memorial de sua morte e a manifestação de seu amor – e essas coisas nos impelem a adorá-Lo. Para estimular a adoração durante a Ceia, poderá haver a entrega de uma mensagem e se fazer oração, que são intencionadas a inspirar gratidão e louvor, mas essas coisas não são adoração.

Verdadeira adoração nos motiva a devoção a Cristo e, por essa razão, despertará o nosso interesse em tudo que diz respeito a ele e a sua obra. Isto, em contrapartida, nos conduz a orar e a interceder por seus interesses, inclina nosso coração a receber instrução dele, e assim, a verdadeira adoração nos conduz a servi-Lo.