Baseado na peça The Boy Who Wouldn’t Grow Up (1904), de J.M. Barrie, Peter Pan (Pan, 2015) de Joe Wright aborda uma nova visão sobre a origem dos personagens clássicos contando a história de um órfão que é transportado para a mágica Terra do Nunca. Apesar de parecer um espetáculo do Cirque du Soleil, o filme não empolga.
A aventura apresenta uma nova versão da história clássica do órfão Peter (Levi Miller), um garoto de 12 anos que vive em um orfanato em Londres no período da Segunda Guerra Mundial. Um dia, ele e várias crianças são sequestradas por piratas em um navio voador, que logo é perseguido por caças do exército britânico. O navio escapa e logo ruma para a Terra do Nunca, um lugar mágico e distante onde o capitão Barba Negra (Hugh Jackman) escraviza crianças e adultos para que encontrem pixum, uma pedra preciosa que concentra pó de fada. Em pleno garimpo, Peter conhece James Gancho (Garreth Hedlund), que mais tarde se torna o grande vilão Capitão Gancho e tem planos para fugir do local.
Apesar de apresentar os diversos elementos característicos da Terra do Nunca, como o crocodilo, as sereias e as fadas, parece que estamos em outro mundo, sem o encanto que é habitual na história do menino que não crescia. A direção de Joe Wright é segura e prepara o filme para ser uma franquia, mas o roteiro de Jason Fuchs deixa a desejar ao não tornar a história empolgante e sim chata e arrastada. Será que estou ficando velho? Com certeza, mas creio que o fracasso dos números da bilheteria do filme condiz com o que o filme apresenta.
Nenhuma atuação chama a atenção. Destaque apenas para o design de produção e direção de arte do filme, que já está virando marca registrada de Joe Wright.