A CEIA DO SENHOR

[O Senhor Jesus disse], fazei isto em memória de mim… Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha (1 Coríntios 11:24, 26).

A Ceia do Senhor deveria ser considerada como uma recordação solene e preciosa de Cristo, não como um “meio de graça” para levantar o nosso saturado espírito e afastar o nosso cansaço. Quando chegamos com essa visão, então temos Cristo em vista como um meio para um fim e não como o fim em si mesmo.

O mal neste estado de coisas é o fato de Cristo não estar diante de nossa alma, mas antes a nossa necessidade na qual ele é o canal de provisão. Naturalmente, há uma medida de verdade nesta visão da Ceia do Senhor – será que podemos vir a ele sem achar refrigério? Mas, as suas palavras, “fazei isto em memória de mim”, não tem um significado mais profundo que simplesmente faça “isto para o reestabelecimento de sua força”? Não é a lembrança de Cristo algo para ser muito mais e diferente de meramente o que podemos obter dela?

Devemos observar que é a presença do Cordeiro que era sacrificado que provoca a adoração dos anciãos, eles que são a figura dos santos glorificados em Apocalipse 5. A adoração deles não é premeditada ou arranjada de antemão, mas é um derramar-se de seus corações que não pode ser contido, que ocorre na presença dAquele que os redimiu para Deus pelo seu sangue. Ao olharmos de volta para o Cordeiro sacrificado, é claro que olhamos do outro lado da ressurreição, mas a visão de Alguém que nos amou e entregou-Se por nós inspirará uma resposta espontânea de adoração de nossos corações. Celebramos morte, mas morte passada, morte que é vista ser a consequência de um amor vivo, inexaurível, inesgotável, insondável, incomensurável.