ORGULHOSOS AO EXTREMO

Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? (Hebreus 10:28-29).

Nós, seres humanos, somos bem mais orgulhosos do que admitimos. Isso se torna especialmente evidente quando alguém nos faz uma crítica. Argumentamos que nossos atos não foram tão maus ou que não fizemos nada de propósito. A outra parte não deveria ter falado de maneira tão grosseira, poderia haver mais discrição.

É exatamente esse tipo de orgulho que impede as pessoas de se renderem ao Salvador. Nós nos sentimos insultados, e nosso orgulho é ferido quando Deus nos diz por sua Palavra que não existe nenhum justo sequer. Aos seus olhos somos todos pecadores, que merecem o inferno. Somente ele em sua graça pode evitar isso.

Quantos reagem à ordem de Deus para o arrependimento e conversão, dizendo: “Isso tudo não faz sentido. Eu não sou tão mal que precise viver pela graça de Deus”. As pessoas se comparam com outros – geralmente a quem consideram realmente “pecadores”, e concluem que, apesar de não estarem vivendo como Deus exige, são melhores que a maioria. Então se satisfazem consigo mesmos. Porém, a Bíblia afirma: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores… Porque se nós, sendo inimigos…” (Romanos 5:8 e 10). Não há ninguém bom, nem menos “pecador” que outros.

Agora Deus não força a graça sobre ninguém. Mas todos os que a rejeitam deveriam ter a exata noção do que estão rejeitando. Chegará o instante em que todos, talvez no leito de morte, mas certamente diante do trono do julgamento de Deus, clamarão: “Sou um pecador que precisa urgentemente da graça”. Mas a graça uma vez rejeitada neste mundo não pode ser solicitada na eternidade.