A Dama na Água é daquele já famoso diretor indiano M. Night Shyamalan, reponsável também pelos filmes Sexto Sentido, Corpo Fechado, Sinais e A Vila. E, como em todos os outros, ainda não sei dizer se gostei ou não. É, sobre os outros até hoje não tenho opinião formada. Talvez seja esta a grande sacada do diretor.
Na minha opinião, isso se deve à forma como são vendidos os filmes dele. Por exemplo, o título (traduzido) “Corpo Fechado” nos remete a coisas sobrenaturais quando o filme é apenas uma história em quadrinhos imaginada na “vida real”. “Sinais” foi vendido como um filme de ETs quando a história com os alienígenas é apenas um pano de fundo para o drama pessoal vivido pelo personagem do Mel Gibson. Isso nos faz ir com uma expectativa ao cinema, e muitos acabam se frustrando por não encontrarem o que procuravam.
E com “A Dama na Água” não é diferente. O filme está sendo vendido de um jeito e gerando diversas expectativas, mas é importante deixar claro que a atual obra de Shyamalan, apesar de conter sua assinatura nos mínimos detalhes, é bem diferente das anteriores. Se desejar assistir, vá preparado porque aquelas reviravoltas espetaculares não estão lá. Algumas acontecem sim, mas nada como as descobertas surpreendentes dos finais dos outros filmes.
“A Dama na Água” não passa de um conto de fadas que Shyamalan mesmo escreveu para suas filhas e deve ser com este espírito que você deve assistir a este filme: como uma criança.
Acontece que eu não levaria meu filho (se eu tivesse um, que fique claro!) pra assistir a este filme. E, assim como A Casa Monstro, este deve ser o motivo da bilheteria conseguida não ser tão grande: é um filme infantil, mas não para crianças. Tá, eu explico. É que a temática é infantil, mas é um tema pesado para crianças. Ainda não entendeu? Só curte quem ainda se recorda de sua infância e não a trancafiou no recôndito mais escondido do seu ser 😉
Mas, acima de tudo, é pura arte, e de boa qualidade.