Um preso romeno está processando Deus por falhar em salvá-lo do diabo. Pavel M, acusa Deus de traição, abuso e tráfico de influência. Ele alega que seu batismo foi um contrato entre ele e Deus, que teria a obrigação de manter o diabo longe, assim como os problemas. Os procuradores já disseram que o processo será arquivado, pois eles não têm como chamar Deus para depor (Redação Terra).
Apesar de não podermos chamar Deus para depor num tribunal, podemos, baseados na clareza da Sua Palavra, afirmar que Ele não é culpado de nenhuma acusação. Ninguém pode nem mesmo olhar para Deus com olhos de quem acusa. Só de pensar nesta possibilidade absurda, fico com o coração cheio de temor. Pois Ele é, por direito e de fato, o Supremo Juiz de toda a humanidade.
Nós não temos competência jurídica, isenção e nem autoridade para julgá-Lo. Quando estivermos num tribunal com Deus, esteja certo de que estaremos no banco dos réus e não no trono. O senhor Pavel deve ter sido enganado por alguém com uma falsa procuração que, supostamente, dava autoridade para falar em nome de Deus. Isso não é novidade. Há muitos pastores fazendo o mesmo. Mas com toda a certeza, as promessas citadas não saíram da Bíblia. Este senhor “criou” um deus à imagem e semelhança das suas próprias conveniências e loucuras. Também há muita gente “criando” deuses de estimação, do tipo “gênio da lâmpada”, cujo único ofício é servir e realizar desejos e caprichos.
Chega a ser ridículo um ser humano acusar Deus. E dizer que, ao se batizar fez um contrato em que Deus se obrigava (?) a manter o diabo e os problemas longe, só demonstra que ele nunca conheceu a Deus. Pois a Bíblia ensina que no mundo teremos aflições; que a alegria vem pela manhã, mas após a tristeza durante a noite; que veremos a glória de Deus sendo revelada em nós, mas ela virá apenas depois que enfrentarmos as aflições deste tempo presente. Não conheço um versículo sequer que diga que, depois de batizados, seremos livres do diabo ou dos problemas. Primeiro porque o batismo não oferece uma graça mística aos que a ele se submetem. E nem mesmo depois da conversão, que, aliás, precede o batismo, seremos livres das adversidades.
A Bíblia ensina, sim, que devemos resistir ao diabo e ele fugirá de nós. Então, podemos concluir facilmente que, neste mundo, o diabo será nosso adversário constante e, em cada investida sua, nos cabe resistir, sabendo que maior é o que está em nós.
Portanto, o senhor Pavel fez um contrato com sei lá quem, através de um sujeito que deve ter falsificado uma procuração, mas não com Deus. Ele não tem qualquer condição de colocar Deus no banco dos réus por uma razão muito simples: ninguém tem.
E ainda, se essa cena patética, criada pela loucura humana, fosse possível, mesmo assim chegaríamos à mesma sentença: Deus é inocente e o nosso lugar diante dEle é curvados, com toda humildade, aos Seus pés.
por Clóvis Jr.