Um trabalhador dos Estados Unidos pediu ao seu patrão um corte de 2/3 do seu salário para descer ao nível de pobreza. Ele argumentou que tornando-se mais pobre ele não pagaria imposto sobre o rendimento e, portanto, não teria que sustentar as políticas militares com as quais não concordava. Isso o tornaria mais coerente na prática das suas crenças. Um amigo íntimo dele comentou: “Ele tinha um forte compromisso com a justiça e a paz, e penso que esta era a sua maneira de o mostrar.”
É claro que não estou escrevendo isso sugerindo que deveríamos seguir o seu exemplo, mas, sem dúvida, esse cara é uma pessoa que não quer que o dinheiro o afaste dos seus ideais. Ele fez-me lembrar Agur, o sábio autor de Provérbios 30. Agur expressou a preocupação de que a muita riqueza ou a pobreza extrema podem interferir num compromisso com Deus. Veja o que ele escreveu: “Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão” (Provérbios 30:7,9).
O trabalhador citado no início deste texto desistiu de parte do dinheiro. Agur não desejava ter muito nem pouco. Jesus fez uso do dinheiro em João 13:29. Paulo sabia o que era ter ou não ter (Filipenses 4:11-12). O jovem rico agarrou-se a ele (Lucas 18:23). Ananias e Safira morreram porque mentiram a Deus sobre ele (Atos 5).
O que dizer da nossa relação com o dinheiro? Usamos sabiamente essa dádiva de Deus ou deixamos que ele nos controle? É ele o nosso servo ou o nosso senhor? Não se esqueça de que não podemos servir a Deus e ao dinheiro (Lucas 16:13).