“Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito” [1]
O embate publicitário entre as companhias de cerveja brasileiras em busca do domínio pelo mercado de bebidas veiculou duas campanhas bastante interessantes e de certa forma antagônicas. Uma marca anunciava que a melhor cerveja era a Nova (em alusão à nova composição da cerveja); outra companhia preferiu investir na idéia de que a melhor cerveja não precisava ser nova, e sim ser Boa.
Como o escopo deste artigo não é tratar de cerveja nem outras bebidas alcoólicas, gostaria de me ater somente às palavras-tema encontradas em ambas as campanhas: NOVA e BOA.
Gostaria, contrariando os publicitários, de convidá-lo a experimentar algo que é ao mesmo tempo “Bom” e “Novo”, de fato uma “Boa Nova”. Não se trata de uma bebida. Nem tampouco de uma nova rede de restaurante servindo comida saudável. Ah, também não se trata de uma propaganda de algum livro de auto-ajuda – destes tipo “você é capaz”.
Os primeiros a experimentar a “Boa Nova” se sentiram tão bem que começaram um movimento de “popularização da Boa Nova`” na tentativa de globalizar o acesso a este estupendo acontecimento. A estratégia deu certo. Em alguns anos, quase toda a Europa já conhecia a “Boa Nova”. Com o passar dos anos, contudo, alguns já não achavam a “Boa Nova” tão boa ou tão nova e decidiram começar a fantasiar um sem número de acessórios que acabaram por ofuscar aquela que fora chamada de “Boa Nova”.
Felizmente algumas pessoas se apaixonaram novamente pela antiga “Boa Nova”, e descobriram que ela continuava sendo Boa. E ainda, continuava sendo Nova.
A história do cristianismo nos mostra que, quando os cristãos dos primeiros séculos perderam a perspectiva da Glória de Cristo das suas mentes, Boa Nova já não lhes operava na alma. Criaram ritos, encíclicas, bulas e uma parafernália religiosa que, incluía inclusive um “cursinho vestibular para o céu” onde Cristo e a Boa Nova foram substituídos pelo purgatório. Se o sujeito, não entrasse no céu de primeira, bastava fazer alguns anos de cursinho pré-céu e mais dia menos dia o sujeito seria promovido para as benesses divinas. Que tolice!
A Boa Nova que estou tratando é de Jesus. A Bíblia diz “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” [2]. Quando alguém experimenta a Boa Nova de Jesus – o novo nascimento, seu passado é perdoado, seu futuro é glorioso e seu presente passa a ser orientado pela Vontade de Deus, através do Espírito Santo. O Cristianismo não é a Boa Nova. Jesus Cristo é.
A Boa Nova de Jesus é a Notícia gloriosa que Deus enviou Seu único Filho ao mundo. O único Cordeiro Perfeito – sem pecado – que, morrendo, seria capaz de expiar o pecado de todos os que se achegassem a Ele pela fé. Sua ressurreição após três dias no túmulo e aparição a mais de 500 pessoas ratificam que a notícia continua Boa e continua Nova, pois ela traz consigo a promessa: “Não vos deixarei órfãos: voltarei para vós” [3].
A Boa Nova de Deus não vai lhe dar ressaca no dia seguinte. Não vai desrespeitar a sua lucidez. A Boa Nova de Deus não o tornará um dependente químico, mas sim um dependente espiritual. A Boa Nova de Deus não lhe dará momentos de prazer, mas uma vida de delícias eternas com Cristo. “Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há abundância de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente” [4].
Afinal, o que você prefere? A Boa? A Nova? Ou a Boa Nova? “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” [5]
Até a próxima.
Notas:
[1] Efésios 5:18 [2] 2Co 5:1 (EARC) [3] Jo 14:18 [4] Salmo 16:11 [5] Mateus 6:21