I. IDENTIFIQUEMOS ESSE DRAGÃO
Tenhamos muito cuidado ao identificar corretamente nosso adversário. Não é a tradição em si mesma; trata-se do tradicionalismo. Não estou tentando ser bitolado e minucioso, mas apenas exato. O tipo certo de tradições fornece-nos raízes profundas – uma rede sólida de verdades confiáveis numa época em que tudo é descartável. Dentre tais tradições estão aquelas declarações e princípios fortes que nos amarram ao mastro da verdade, quando as tempestades da incerteza erguem ondas de mudança amedrontadoras, sopradas pelos ventos da dúvida. Muitos desses princípios são essenciais: a crença na autoridade das Sagradas Escrituras, o conhecimento de Deus, o amor a Deus. O acatamento do senhorio de Jesus Cristo, nossa dedicação leal ao próximo, e nossa transformação em povo capaz de encorajar genuinamente.
Caso você não tenha percebido, recebemos ordem específica para ater-nos às tradições da fé: “… permanecei firmes, e conservai as tradições que vos foram ensinadas” (2 Tessalonicenses 2:15). Ainda que muitos – na verdade, a maioria – prefiram andar em caminhos contrários, “não segundo a tradição” que as Escrituras ensinam claramente, somos instruídos a permanecer firmes na direção do alvo (2 Tessalonicenses 3:6).
Entenda-me, pois: estou referindo-me ao grande objetivo, onde a verdade está em jogo, e não as minúcias insignificantes, de importância menor, em que o mero gosto e costume são uma questão de preferência pessoal. Alguns insistem, por exemplo, em que todos os protestantes devem conduzir-se de acordo com as tradições dos reformadores, “porque os reformadores agiam assim”. Embora eu aprecie muito aqueles grandes homens, discordo. João Calvino usava chapéu na igreja. Isso é suficiente para que algumas pessoas digam: “Todos deveriam usar chapéu na igreja”. Contudo, antes que todos os homens e mulheres que intencionam ir ao culto no próximo domingo saiam correndo para comprar chapéus, é bom conhecerem a razão porque Calvino usava chapéu. Na verdade, havia duas razões: “porque a igreja tinha (a) correntes de ar e (b) pombos.”
Há uma grande diferença entre tradição e tradicionalismo. Jaroslav Pelikan põe o dedo no âmago da questão: “Tradição é a fé viva daqueles que já morreram; tradicionalismo é a fé morta daqueles que hoje vivem”.
Por tradicionalismo quero chamar de modo especial àquela atitude que resiste à mudança, à adaptação ou alteração. É manter-se apegado a um costume ou comportamento que se conserva à força e cegamente. É nutrir suspeitas contra o que é novo, moderno e diferente. É a pessoa encontrar segurança, e até mesmo identidade naquilo que é familiar e, portanto, opor-se a qualquer coisa que a ameace. Se você me permite mais uma definição, é preferir um sistema legalístico em vez da liberdade e renovação do Espírito – é estar mais interessado em guardar regras rígidas, de cunho humano, em vez de permanecer flexível, aberto à criatividade e à inovação.
Agora eu sei que você sabe aonde quero chegar. Digo claramente que minha posição é ao lado da abertura, permitindo que haja lugar para as coisas não experimentadas, imprevisíveis, inesperadas – e durante o tempo todo mantendo-nos fiéis à verdade. Quando se abraça esta filosofia, as águias botam ovos, esses ovos são chocados e abre-se a amplidão para que as águias possam voar. Quando o tradicionalismo governa o espetáculo, nada se pode esperar senão papagaios – criaturas de vôo rastejante que se encarapitam e só se manifestam quando se lhes dá ordem. Acredite-me: há muita gente por aí que acha que sua vocação é dizer aos outros o que devem fazer e dizer. São aparadores de asas que se auto-nomearam, que franzem o nariz aos novos métodos e proíbem vôos altos.
Um Novo Ministério
Quando minha esposa e eu decidimos juntar armas e aventurar-nos num programa radiofônico, nossa experiência era zero. Nenhum de nós tinha algum conhecimento de como atingir o público através do rádio e tampouco sabíamos qualquer coisa a respeito das complicações de uma empresa não-lucrativa. Citando um dos nossos advogados, não estávamos começando do zero: começávamos “abaixo de zero”! Felizmente, havia alguns amigos queridos, competentes, que nos ajudaram a deslizar do bote para dentro do oceano sem que nos prejudicássemos, porém, desde essa época aprendemos a nadar através de correntes rápidas, nesta fase especial de nossas vidas. Quais têm sido os resultados? Um ministério radiofônico singular, inovador, único em seu gênero, denominado “Visão que Produz Vida”, um programa que não segue o padrão de nenhum outro no ar. Por que imitar? As duplicações são peso morto. Não estou afirmando que nosso programa é o único ministério radiofônico eficaz. Claro que não! Contudo, é exclusivo e único do começo ao fim.
Os sistemas que usamos, nós os delineamos. As técnicas que empregamos, nós as criamos. Meu estilo é meu mesmo – de maneira alguma tento ser parecido com qualquer outra pessoa ou programa, nem procuro competir com outros. Por que eu faria tal coisa? Eu sou eu – sou uma águia. Ser como outra pessoa é tornar-se papagaio. Não, obrigado! As cartas em que pedimos donativos são estritamente minhas – eu escrevo cada palavra delas. A filosofia que as fundamenta é nossa, não de alguma organização profissional que nos forneceria um roteiro para seguirmos. Nossa correspondência é planejada com amor, delineada e executada dentro de nossa própria organização, por pessoas que empregamos – pessoas que possuem perícias e habilidades inovadoras e criativas incríveis. Como as apreciamos e as amamos!
Não somos os maiores (nunca nos preocupamos com tamanho), mas estamos determinados a ser uma organização que representa um padrão. É certo que não somos os mais ricos (nunca nos preocupamos com finanças), mas utilizamos visão abrangente, enquanto vigiamos cuidadosamente nossas despesas, sempre recusando-nos a cortar a qualidade pelo amor à quantidade. Sim, isto fazemos sempre. Nossas práticas e costumes são do mais elevado padrão de integridade – isto, sim, é coisa que nos preocupa. Todos os itens que promovemos, produzimos, anunciamos e colocamos à disposição têm um timbre identificador: EXCELÊNCIA. Quer se trate de uma excursão que patrocinamos, quer de uma brochura que criamos, quer seja uma conferência de que participamos, quer um guia para estudos que pomos à disposição de nossos ouvintes, a excelência é nossa marca sempre presente.
E por que não? Representamos o Rei dos reis. Só tenho permissão para dizer isso em termos de hoje: ele é o mandatário número um, o diretor-presidente. Senhor, de fato! Somos os que devem fazer com que o mundo vire a cabeça, não o contrário. As águias não devem ficar ciscando o chão, à semelhança de galinhas num quintal, ou perus num cercado. Vou falar com franqueza: Há muito tempo os evangélicos têm sido os patinhos feios da cristandade!
Somos criticados? É claro que sim! Não podemos, contudo, permitir que as críticas nos perturbem. Sempre haverá os que acham que deveríamos fazer isto, ou não deveríamos fazer aquilo. Visto que sempre nos recusamos a consultar a opinião da torcida, nem quisemos aderir às sugestões dos “peritos”, com freqüência ouvimos comentários assim: “Não vai funcionar, vocês vão ver”, ou “em vez disso, vocês deviam fazer assim”, ou “vocês não vão conseguir… vocês não estão sendo realistas”. Mas, coisa espantosa! A maior parte (estou resistindo à tentação de dizer todas) das coisas que nos disseram ser impossíveis, estão sendo realizadas agora. Estamos fazendo-as pela graça de Deus. As águias que, segundo nos disseram, nunca voariam, não apenas voam – mas voam alto!
Cynthia e eu não somos inteligentes nem sábios, do ponto de vista mundano, mas aprendemos depressa e mantemo-nos flexíveis, sempre abertos a idéias inovadoras. Principalmente, há muito da águia em nós ambos, de modo que não ficamos satisfeitos com os procedimentos operacionais padronizados, insípidos, estabelecidos pelo denominador comum mais baixo da opinião humana. Se uma idéia nova, nunca experimentada antes, faz sentido, nós a pomos em prática já! Se não funcionar, ganhamos o aprendizado. Se funcionar, nossa satisfação é imensa.
Apresso-me a acrescentar que somos abertamente agradecidos a Deus pela sua fidelidade, graça e perdão a nós dispensadas enquanto fomos crescendo e gemendo juntos – e somos igualmente agradecidos à junta de diretores cuidadosamente selecionados. Eles sabem como dirigir essas duas águias, e como reagir a elas sem podar-lhes as asas. Prestamos-lhes contas; eles não nos intimidam. A propósito, nenhum deles está amarrado pelo tradicionalismo. Não estariam na junta de diretores, de outra forma. Por quê? Porque o tradicionalismo é um dragão pernicioso que deve ser eliminado, se pretendemos fazer alguma coisa com excelência, entusiasmo, força e relevância. O tradicionalismo gera papagaios; não deve ser tolerado. Se você o combate, parabéns! Não pare. Esse velho dragão é péssimo: faz esvair a vida de suas vítimas. Por isso, nunca cesse de combatê-lo. É uma questão de sobrevivência.
II. TRADICIONALISMO DO PRIMEIRO SÉCULO
Nos dias de Jesus, o tradicionalismo erguia a cabeça horrenda de maneira diferente da de hoje. No primeiro século, o tradicionalismo era sinônimo de farisaísmo. Os fariseus o abraçaram e o promoveram. Suas vidas eram modelo de tradicionalismo. Onde quer que Cristo se encontrasse com os fariseus, encontrava-se também com o tradicionalismo! Enquanto as pessoas saudavam Jesus, os fariseus lhe franziam a testa. Você gostaria que eu mencionasse um exemplo clássico? Ei-lo: aquela ocasião em que Jesus sofreu um confronto com um grupo “escamoso”, no jantar com uma turba de pecadores que enchia a sala. Talvez você não esteja a par das circunstâncias que vou descrever:
Um camarada chamado Mateus (que o Dr. Lucas chamou de Levi) foi convidado para abandonar sua profissão de cobrador de impostos e tomar-se discípulo um seguidor chegado a Jesus. Foi o que ele fez. Em seguida, deu uma festa em casa em homenagem ao Mestre. Creio que nós poderíamos chamá-la de festa de despedida: Levi estava deixando sua profissão.
É natural que a casa dele deveria estar cheia daqueles companheiros com quem Levi havia andado durante muitos anos colegas da mesma profissão e outros amigos, nenhum dos quais seria religioso, sendo todos, porém, amigos e companheiros. É assim que o Dr. Lucas descreve a cena:
- “Depois disto, Jesus saiu e viu um cobrador de impostos, chamado Levi, assentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me! Ele, deixando tudo, levantou-se e o seguiu. Fez-lhe Levi um grande banquete em sua casa, e havia ali uma multidão de cobradores de impostos e outros que estavam com eles à mesa” (Lucas 5:27-29).
Fico rindo ao pensar naqueles camaradas naquele jantar. Você é capaz de imaginá-los? Um sem-fim de tilintar de pratos, de vozerio alto, de ondas periódicas de gargalhadas ruidosas, de gente que se levantava para brindar de copos na mão, um momento de total entretenimento para todos. Ninguém usufruía a ocasião mais do que Jesus! (Que pena que não temos alguns quadros de Jesus à mesa, nesta ocasião). Ali estavam pessoas reais. Não eram espantalhos, bonecos imitativos, palhaços que tentassem impressionar algum figurão importante. Apenas pecadores autênticos, amigos de Levi, que ali tinham vindo para divertir-se um pouco.
Havia bastante comida e vinho. Talvez até mesmo uma “churrasqueira” tipo primeiro-século onde Levi sofria um bocado. Havia muita gente contando histórias, gente ouvindo e gente partilhando casos. Estavam todos divertindo-se a valer, todos muito alegres, juntos exceto, é claro, os fariseus. Posso imaginá-los de pé lá fora, espiando pelas janelas, encarando as pessoas sem um sorriso sequer. Coletores de impostos e outros amigos, ao lado de Jesus e seus discípulos, reclinavam-se à mesa juntos. Mas, em meio ao ruído festivo, os religiosos “donos da sinagoga” começaram os ataques verbais a Jesus e seus discípulos.
- “Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus, dizendo: Por que comeis e bebeis com os cobradores de impostos e pecadores?” (Lucas 5:30).
Você vê? O principal problema era que os discípulos de Jesus se misturaram com aqueles pecadores, e se divertiam. Os fariseus criam (e ensinavam) que deveriam permanecer separados daqueles tipos. Não deviam associar-se com pecadores e, de maneira alguma, absolutamente, deveriam divertir-se na companhia daquelas pessoas. Que idéias mais tolas! A propósito, você notou que primeiramente Lucas se refere a “publicanos e outros” (v. 29)? Mas observe a diferença quando ele menciona os fariseus. A frase muda para “cobradores de impostos e pecadores” (v. 30).
“Como é que você, Jesus – você, dentre todas as pessoas – como é que você pode sentar-se para comer e beber, cheio de alegria, com estes publicanos e pecadores? Arre! Que é que os outros vão dizer? Que testemunho é esse que você dá?”
Os discípulos perderam a fala, talvez por sentirem medo. Não sabiam o que dizer. A maior parte dos judeus, naqueles dias, nem conseguia pensar quando os fariseus os confrontavam; mas isso jamais aconteceu a Jesus. Sem o mínimo temor pela presença dos fariseus, Jesus lhes deu uma resposta direta. É uma coisa a respeito de Jesus de que gosto muito. Ele os encara nos olhos e diz: “Não necessitam de médico os sãos, e, sim os doentes” (v. 31). “Essas pessoas precisam é de cura. Visto que eu sou o Médico, visto que essa é a minha função, não desejo, então, ficar por aí com pessoas que pensam que não precisam de cura. Estas pessoas estão doentes. Não fazem segredo disso; não o escondem. Precisam de ajuda. É por isso que eu estou aqui”.
Se isto não for suficiente, prossiga a leitura: “Eu não vim chamar justos, e, sim, os pecadores ao arrependimento” (v.32). Acho que se eu estivesse à mesa, diria (em aramaico, é claro):
“Muito bem, Jesus, vá em frente!”
Provavelmente, eu também teria assoviado e aplaudido! Jesus acertou o alvo em cheio ao responder: “Não vim chamar as pessoas que acham que são justas, mas as que sabem que estão doentes. É esse o meu ministério, em palavras francas e simples. Elas precisam de mim, e estão abertas. Não creio que vocês precisam de mim, pelo fato de vocês ficarem fechados!”
Bem, se você acha que os fariseus o deixaram a sós depois disso, você não compreende a natureza do dragão chamado tradicionalismo. Tudo isso para eles queria dizer que a moeda fora atirada, a sorte lançada, e agora era o momento de o jogo iniciar. Instala-se o jogo violento, quando os fariseus replicam a Jesus:
- “Os discípulos de João jejuam com freqüência e oram, como também os dos fariseus, mas os teus comem e bebem” (v. 33).
A suposição é que esta resposta seria uma estocada sarcástica. “Você pode ter tempo para toda essa pândega, nós não! A coisa é séria. Nós jejuamos. Você e seus discípulos estão aí dentro, comendo e bebendo com esses pecadores indecentes, e divertindo-se entre eles. Você não sabe que a vida é séria demais para ser gasta desse jeito?”
Veja a resposta:
- “Podeis fazer jejuar os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles?” (v. 34).
Que rechaço estupendo! Naquela época, enquanto o noivo estivesse na festa, comia-se e bebia-se e ria-se e divertia-se num regozijo contínuo. Contudo, ao partir o noivo, sobrevinha a tristeza porque todas as pessoas deviam voltar para o trabalho. Em seguida, coisas sérias começaram a acontecer. Jesus, referindo-se a si mesmo, disse: “O noivo está no meio de seus amigos. Não é agora a ocasião de jejuar e parecer sombrio e triste, e agir como se tivéssemos raiva do mundo. Chegará a época apropriada para isso, mais tarde.”
- “Dias, virão, porém, em que o noivo lhes será tirado, e então, naqueles dias, jejuarão” (v. 35).
“Naqueles dias, quando eu for levado à cruz para morrer, vocês não ouvirão risos. Não ouvirão o tinir de copos. Nessa ocasião não haverá festejos, porque as coisas se terão tornado sérias. Eu terei partido”.
Os fariseus ficaram estranhamente silenciosos. Olhavam atentamente, tentando compreender aquelas palavras. Pelo jeito não eram capazes de juntar as peças do quebra-cabeça, pelo que Jesus lhes narra uma história curta. Ainda que eu vivesse cem anos, jamais cessaria de espantar-me diante do fato de ser Jesus um comunicador maravilhoso. Nunca alguém dormiu enquanto Jesus falava. Seus sermões sempre foram breves e incisivos – uma habilidade bem rara entre os pregadores! Além de tudo, ele mencionava coisas que qualquer pessoa podia entender. Jamais Jesus se interessou em impressionar seu auditório com enunciados profundos, ultradifíceis, embora ele pudesse deixá-los totalmente assombrados, e fazê-los sair de sua presença, dizendo:
“De que é que ele falou, afinal?”
“Não sei, mas é coisa profunda, homem. Ninguém entendeu nada.”
Talvez seja esse nosso estilo, porém, não o de Jesus. As palavras dele penetravam com exatidão letal. Ao encerrar seus sermões, os ouvintes arrancavam dardos enormes de seus corpos. Jesus estava sempre mantendo as pessoas acordadas com aguilhoadas da verdade. Observe sua técnica no versículo 36. Ele opera de um modo simples, que desarma as pessoas. Ei-lo em ação, com comentários a respeito de roupas velhas e roupas novas, vinho velho e vinho novo:
- “Disse-lhes esta parábola: Ninguém tira pedaço de uma veste nova e o costura numa veste velha. Se fizer isso, romperá a nova e o remendo não condiz com a velha” (v. 36).
Qualquer pessoa que já teve uma roupa nova encolhida entenderá. Até hoje, se você tomar uma roupa velha que tem um rasgão, e tapá-lo com tecido novo, você sabe que este vai encolher. No fim, pode acontecer que o remendo se desprenda. É isso o que diz o versículo 36. Porém, há mais coisas. Jesus está usando a parábola do remendo tendo em mira algo mais profundo (acredite-me: trata-se do tradicionalismo). Como você sabe, os fariseus demonstravam lealdade e compromisso em relação às coisas antigas. Eram diplomados em história antiga, e juravam pela lei. Ficavam duros como concreto nos preceitos e estatutos da lei. Sabiam citar as palavras exatas dos antigos rolos da Torá. Para tornar as coisas piores ainda, adicionaram mais de seiscentos preceitos para que todas as pessoas pudessem entender como é que eles interpretavam a maneira como todos deviam viver. E como eram rígidos! Veja: eles eram a “roupa velha”. E a questão levantada por Jesus foi: “você não pode misturar coisas novas com coisas velhas. Haverá desagregação”.
Ele fixa com força esse conceito falando de vinho:
- “E ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se fizer isso, o vinho novo romperá os odres, e entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão” (v. 37).
De fato, quando Mateus narra esta história, acrescenta: “… e os odres se estragam. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam”. Não sou grande conhecedor de vinho, mas sei que se você coloca vinho novo num recipiente de couro já gasto, quebradiço pelo passar do tempo, um odre que já não é mais flexível, você corre o risco de um vazamento. Não vai demorar muito e a fermentação causará mudança no vinho, que produzirá inchaço e esticamento do couro. O odre se romperá.
Assim como Jesus não estava falando, na verdade, a respeito de roupas velhas e remendos novos, tampouco está falando, agora, de odres velhos e vinho novo. Lembre-se de que temos aqui uma parábola – uma história que utiliza fatos literais, familiares, para ensinar coisas espirituais, desconhecidas. O auditório de Jesus entendeu que estas palavras eram mísseis carregados de explosivos poderosos.
Até hoje usamos, às vezes, palavras que todas as pessoas entenderão, mas que não devem ser tomadas literalmente. Carrego minha família por toda a parte em minha carteira. Se você me pedir, eu lhe mostro minha família.
“Não!” diz você. “Você não está carregando sua família em sua carteira”.
Você tem razão; na verdade não a carrego. Carrego uma fotografia. Mas eu a mostro dizendo:
“Esta é a minha família”.
Ora, minhas palavras não podem ser tomadas literalmente. Você entende que se trata apenas de uma foto de minha família. A história de Jesus é apenas uma foto de algo muito mais importante. Agora ele firma bem seu ensino:
“Mas o vinho novo deve ser colocado em odres novos” (v. 39). Ah! De repente o quadro fica em perfeito foco, o que deixa os fariseus terrivelmente nervosos. Você sabe por quê? Porque Jesus lhes diz, com efeito:
- “E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo, pois diz: O velho é melhor” (v. 39).
O odre velho do tradicionalismo e do judaísmo não podia conter o vinho novo do evangelho revolucionário que Jesus estava oferecendo. O odre rompia-se. Lá estavam os fariseus representando todos aqueles preceitos criados pelo homem, contemplando essa mensagem revolucionária, cheia de riscos, a respeito de liberdade, graça, perdão, libertação da lei, misericórdia e esperança. (Até que ponto você consegue renovar-se?) O odre velho farisaico não podia conter esta mensagem. Aqueles homens estavam tão entrincheirados, tão inflexíveis, que o vinho novo vazou de todo. Os odres velhos se arrebentaram completamente. Os fariseus foram forçados a ver que a tentativa de enfiar Jesus no molde deles fora frustrada – e eles ficaram expostos. O velho simplesmente não conseguia conter o novo.
Ah! Como eles amavam suas tradições! Quer você creia, quer não, esses fariseus amavam mais suas tradições do que a verdade de Deus. O relato de Mateus inclui uma repreensão de Jesus aos fariseus, pelo fato de estes se agarrarem com tanta força às suas tradições que chegavam a resistir à revelação de Deus. Qual foi a repreensão de Jesus? “… invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus” (Mateus 15:6). Não é isso uma acusação? Com efeito, Jesus está dizendo: “Vocês se defendem tanto em seu odre tão endurecido, que rejeitam o vinho novo que lhes ofereço”. Jamais houve uma águia que voasse tão alto, nem que fosse tão odiada. Encaremos essa realidade – a verdade que liberta pessoas é grave ameaça ao tradicionalismo.
III. VERDADES DO VINHO NOVO
Basta de vinhos e odres do primeiro século. Nosso interesse, como já dissemos anteriormente, não é apenas descobrir e desenvolver algumas verdades dos tempos antigos. Nosso interesse é ver quão importante essas verdades são para nossa época.
Parece que algumas coisas importantíssimas saltam para o meu colo, quando fico pensando nessa parábola de Jesus. A primeira dessas coisas é: Deus é um Deus de renovação e mudanças. É o vinho novo.
Em janeiro de cada ano novo, Deus faz uma provisão de doze meses de vinho. Doze barris novos são colocados no estoque (cujo conteúdo é desconhecido para nós). Cada barril se esvazia num mês. Esse vinho novo é vital. É vinho novo, brilhante, pronto para encher novos odres. Deus é um Deus de renovação e mudanças. Espere um pouco: antes de eu mudar de assunto, permita-me esclarecer bem um ponto. Nosso Deus nunca muda, nem seu Filho. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente” (Hebreus 13:8). Não é esse um grande pensamento? Deus não se apresenta diferente neste ano do que era no ano passado, ou há dez anos. Tampouco mudará daqui a cem anos. Contudo, ainda que ele é sempre o mesmo, suas obras são diferentes. A obra de Deus é sempre viçosa. Os métodos e caminhos de Deus são sempre renovados, imprevisivelmente novos.
Verifico que esse conceito permeia as Escrituras do começo ao fim. O Antigo Testamento fala de novo cântico, novo coração, novo espírito, nova aliança e das novas coisas que Deus está fazendo. No Novo Testamento somos chamados de “novas criaturas”. Em Cristo “todas as coisas se fizeram novas”. Somos afiançados de que recebemos um “novo nascimento”. Somos instruídos a viver segundo “um novo mandamento”. Somos um povo que tem “um novo espírito”, vivendo segundo “o homem novo”. Estamos até esperando “novos céus e nova terra”. A última referência ao novo feita pela Bíblia está bem perto das últimas páginas, em Apocalipse 21:5, onde o Senhor diz que fará “novas todas as coisas”.
Preciso adverti-lo, se você gosta que as coisas permaneçam sempre do mesmo jeito, que você vai sentir-se terrivelmente constrangido no céu. Tudo será novo. Deus é Deus de coisas novas, de mudanças. Ele põe flexibilidade em seus métodos. Ele altera seus métodos de tal maneira que a você parecerá que nunca os viu antes. Você nem consegue imaginar como serão as coisas da próxima vez. Como se aplica este princípio, pessoalmente? Minha resposta encontra-se no primeiro versículo do capítulo 5 de Efésios:
- “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados, e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave” (Ef. 5:1).
Diz Deus que devemos ser “imitadores” dele, o que na verdade significa que devemos “copiá-lo”. Visto que Deus é Deus de renovação e mudança, assim deveríamos ser também. Se queremos obedecer à ordem de “copiar Deus, como seus filhos amados”, digo que deveríamos permanecer viçosos – mantendo-nos abertos, inovadores, desejosos de mudanças.
Tenho observado que cada geração tende a tornar-se mais radical e rígida do que a anterior. Tendemos a apegar-nos com mais firmeza ao tradicionalismo. Ainda que nosso Deus de renovação e mudança nos tenha dado, a todos nós, aqueles barris cheios de vinho novo, não vamos usá-lo; descobriremos meios de conservá-lo, protegê-lo, mantê-lo – guardá-lo para um “dia especial.”
Você se lembra do maná que Deus mandou a seu povo no deserto, para que ele o comesse? Uma das primeiras coisas que o povo precisava esquecer no que concernia ao maná era “guardá-lo”. Porém, muitos queriam amontoar o maná em casa. Por quê? Porque tinham medo de que o maná se acabasse, e ficassem privados de alimento. Tinham medo de que na manhã seguinte não houvesse nova provisão de maná. A única ocasião em que deveriam ter em mente esta preocupação era na sexta-feira, visto que, ao chegar o sábado, Deus não enviaria o maná. Entretanto, Deus cuidou até mesmo disso! Às sextas-feiras, o povo deveria colher uma porção dobrada para dois dias, que permaneceria fresquinha, não se estragaria. Assim, o povo nada tinha com que se preocupar, mas tinha tudo para regozijar-se. Entretanto, permanecia a tendência para acumular o maná.
Você se lembra da serpente de bronze que Moisés ergueu no deserto, quando as pessoas estavam sendo picadas por serpentes e morrendo? Deus providenciou aquela serpente de bronze para que o povo fosse curado. Mas você sabia que o povo arrastou consigo aquela serpente, pelo deserto, e até mesmo em Canaã, durante várias gerações? É possível que você não tenha percebido esse detalhe. Muito bem, aqui está a passagem que conta o caso:
- “Tirou os altos, quebrou as colunas, deitou abaixo os postes-ídolos. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés fizera, pois até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã” (2 Reis 18:4).
Lá estavam eles, até agora pendurados àquela velha serpente de bronze que haviam arrastado durante tantos anos. Que era essa serpente agora? Apenas Neustã, que quer dizer “uma peça de bronze”. Que é que o povo deveria ter feito? Deveria tê-la jogado fora! Em vez disso, estava adorando-a. Se desejamos “copiar” Deus, precisamos permanecer renovados e abertos. Ao lixo todas as Neustãs! De outra forma, não ficaremos flexíveis e criativos. Todos quantos combatem a mediocridade são verdadeiros padrões de inovação.
Agora vamos ao segundo fato importante que percebo em Lucas capítulo 5: Os novos odres são essenciais, não opcionais. Todas as gerações sofrem a tentação de tentar restringir as obras e os métodos de Deus. A maioria das pessoas deste mundo gosta de manter as coisas. Uma vez que as coisas estejam bem estabelecidas, não queremos mudanças!
Permita-me dar-lhe algumas ilustrações. Pouco tempo depois de eu iniciar meu pastorado na Califórnia, examinei com grande cuidado a ordem dos elementos do culto, e decidi que o povo já havia colocado a “doxologia” no começo da liturgia havia tempo demais. Por isso, coloquei-a no fim do culto. Algumas pessoas perguntaram:
“Como é que vamos cantar a doxologia no fim? Bem, o que eu quero dizer é que não tenho certeza de que funcionará no fim!”
Confesso que essa observação me fez rir. A mudança funcionou. Na verdade, só em raras ocasiões nós a cantamos, agora. Quando, porém, a cantamos, tem mais sentido do que nunca!
Mas a mudança que realmente deixou a congregação no ar foi a decorrente de nossa audácia de pôr os anúncios no início do culto. Será que você me acredita se eu disser que tirei os anúncios que eram colocados no meio da liturgia? Pois em toda a minha vida jamais vi um anúncio de louvor a Deus! É que os anúncios podem tornar-se uma espécie de vaca sagrada. No entanto, são apenas odres. Nós continuamente contemplamos o culto de adoração e pensamos em termos de odres novos, em que despejaremos vinho novo. Tentamos coisas novas o tempo todo. É maravilhoso! Algumas pessoas ainda ficam nervosas, às vezes. Gosto de ver o nervosismo na face delas. Elas parecem dizer:
“Será que o Chuck sabe disso?”
Na verdade, eu estava planejando tudo desde o começo. Em outras palavras – é o odre novo – apenas um saquitel. O que importa é o que está dentro dele. É a inovação que mantém tudo pleno de viço, de vida, de criatividade – coisas novas.
Um de meus professores no seminário contou-nos sobre o dia em que pela primeira vez utilizou-se giz, numa palestra na igreja dele, há muitos anos. Muitos crentes franziram a testa e murmuraram:
“Usam isso no mundo secular, não? Não adotamos giz nas palestras da igreja. Na próxima vez, saiba você, alguém vai usar um flanelógrafo”.
Até que ponto você é liberal? Ei, essas coisas são todas odres de vinho, e nada mais. Hoje, utilizamos filmes, televisão, computadores e coisas-a-serem-descobertas, invenções do futuro. Usamos novos estilos de música. Usamos novos métodos que agridem a mentalidade presa ao velho estilo. Muitas pessoas sentem-se constrangidas porque se sentem ameaçadas. Mas nada disso tem algo a ver com o vinho. Se aquelas coisas têm algo a ver com o vinho, alguma coisa está errada. Essas coisas são apenas um odre, uma vasilha. O vinho permanece bom e sadio porque veio de Deus. E os odres? No que concerne aos odres, precisamos ser flexíveis.
Precisamos resguardar-nos da tentação de envolver o cristianismo do início do século vinte e um nas roupagens de 1960! Se não exercermos vigilância, ficaremos tão comprometidos “ao jeito como éramos” que embotaremos o fio cortante das coisas realmente importantes, e deixaremos esta geração no pó. Repito: OS NOVOS ODRES SÃO ESSENCIAIS. As organizações não mudam; as pessoas mudam. As igrejas não são flexíveis; as pessoas são. Não há flexibilidade em paredes e madeiras. Nenhuma flexibilidade nas pedras, nas estruturas. A flexibilidade está em nós. Nós é que somos os odres. Se temos alguma esperança de voar alto no século vinte e um, precisamos dar um jeito na rigidez. O dragão do tradicionalismo precisa ser morto!
III. DUAS PERGUNTAS CONTUNDENTES
Aqui está uma dupla de perguntas de grande poder de penetração. Primeira: O vinho ainda está fresquinho? Será que você está sobrevivendo com o vinho de ontem? Você está abrindo uma torneira de vinho fresco, borbulhante, cheio de vida, de excitação? Ou será que precisa voltar a 1970?
“Bons tempos aqueles… grande progresso! Como Deus operou grandes coisas!”
Certo. E hoje? As pessoas precisam saber como é que Jesus trata das questões de hoje, no mundo de hoje. O povo quer saber se o vinho continua fresquinho. Talvez você esteja pensando assim:
“Oh! Chuck, você me parece radical demais! Não sei não!”
Para você, de modo especial eu trago este lembrete: “As eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de vinho e de azeite” (Joel 2:24).
O profeta Joel está contemplando o futuro longínquo. Imagine: Ele põe seus olhos adestrados tão longe quanto a nossa década. “Haverá uma superprodução de vinho,” diz ele. Mas, isso não é tudo:
- “Restituir-vos-ei os anos consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós” (Joel 2:25).
Que nome Deus deu aos gafanhotos? “meu grande exército que enviei contra vós”. É como se ele estivesse dizendo, à guisa de aplicação: “Descobrirei aquela mentalidade, aquele tradicionalismo, aquele velho inimigo da renovação, e direi ao gafanhoto: `Procure-os.` Eles virão e devorarão tudo. Corroerão tudo. Constituem meus exércitos”.
Entretanto, você notou a promessa do Senhor? Ele prometeu uma compensação para você, pelos anos que os gafanhotos devoraram, depois que tiverem ido embora.
- “Comereis abundantemente, até ficardes satisfeitos, e louvareis o nome do Senhor vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; o meu povo não será mais envergonhado. Sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e não há outro; o meu povo não será envergonhado para sempre. E depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e os vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões” (Joel 2:26-28).
Que promessa para o futuro – e para hoje! Através de binóculos escriturísticos, o profeta está vendo o futuro. De que forma os sonhos estão se realizando? E as visões? Onde estão as idéias novas, criativas? Precisamos ter novos pensamentos e sonhos para estes novos tempos.
Mas, honestamente, onde estão os cristãos? Que águias de vôo elevado deverão fazer toda a diferença durante os próximos cinqüenta anos? Você quer um desafio? Planeje agora sua vida, de modo que faça importante diferença. Viva de maneira a fazer uma diferença importante!
Tenho uma segunda pergunta em mente: O odre ainda é flexível? Mas que é que estou chamando de flexível? Muito bem, comecemos com a palavra movível. Você está pronto para mudar? Eu sei, eu sei: você acabou de acomodar seus cacarecos. Fez há pouco o último pagamento da hipoteca. Agora está instalado de verdade. Porém, não aposte que vai ficar afixado aí. Este ano um montão de gente estará mudando. E você poderá estar entre essas pessoas.
Eis outra palavra: mudança. Você está aberto, disposto a mudar sua carreira? Está disposto a arriscar? E é suficientemente flexível para inovar? Está disposto a tolerar a pura e simples possibilidade de fazer uma mudança tremenda na direção de sua vida? As pessoas que representam uma diferença importante são dotadas de odres flexíveis. Podem ser esticados, puxados, empurrados, mas agüentam as mudanças. “Senhor, tu estás me conduzindo a uma nova vida? Estou pronto. Conte comigo!” Esse é o espírito. Pode significar ter de mudar-se para o outro lado da rua. Mudar-se para o outro lado do país. Quem sabe, mudar-se para o outro lado dos oceanos. Até que ponto você é flexível? Talvez não seja necessária nenhuma mudança, apenas a disposição.
Leia estas palavras cuidadosamente. São palavras capazes de matar dragões!
- “… Os seguidores de Cristo, de hoje, precisam aprender o sentido total do padrão do povo de Israel no deserto, que caminhava ou parava quando a nuvem caminhava ou parava. Devem aprender a esperar no Senhor, a serem sensíveis à orientação dele, e depender cada vez menos em seus próprios braços carnais…
De muitas maneiras nós, crentes de hoje, estamos vivendo de novo a era do Novo Testamento. Estes são dias de crescimento rápido nas igrejas, e simultaneamente também são dias de incerteza, apostasia, ameaças de perseguições e, acima de tudo, de expectativa pela segunda vinda de Cristo. Esta era a situação da igreja primitiva. Os crentes da primeira geração achavam que Cristo haveria de voltar. Ele não voltou… A igreja parece impotente diante da crise ecológica, por exemplo, ou diante da tecnologia insensível, ou da rede mundial de poder e intriga políticos. Contudo, as armas da guerra que travamos são espirituais, não carnais. Se usar as armas mundanas, a igreja não terá oportunidade. Mas, quando a igreja usa as armas de Deus (Efésios 6:14-17), é o mundo que se enfraquece.
Estes não são dias para a igreja recolher-se dentro de si mesma, enrolar-se num canto e esperar o fim, passivamente. O mundo ainda precisa ver o que o Espírito pode fazer.”
Pare de permitir que o mundo ao seu redor o aperte dentro de seus moldes. Fora com o dragão do tradicionalismo! Este é um novo ano, uma nova geração, uma nova fase.
Notas:
Do livro: Vivendo Acima da Mediocridade, capítulo 10.
por Charles Swindoll