Amigos, escrevo este artigo da ilha mais distante de qualquer ponto do mundo, Maui, no Havai. Como anunciado, estou aqui fazendo um curso de liderança e evangelismo no Instituto Haggai.
Estamos hospedados numa grande propriedade que foi até alguns anos atrás um hotel de luxo. São mais de 200 quartos, dezenas de salas de aula e auditórios, piscina, campo de futebol e tudo o que se possa ter num hotel 5 estrelas.
Não é isso, porém, que chamou a minha atenção. O que impressiona é a maquina que faz tudo isso funcionar: um grupo de voluntários, na maioria acima dos 60 anos, gente aposentada, que mora no chamado primeiro mundo e que poderia estar pescando ou descansando em qualquer lugar do planeta, curtindo a vida. E estão. Só que resolveram dar 3 meses por ano para virem aqui servir a Deus, enquanto servem as pessoas.
Fiquei bastante sem jeito ao ter minhas malas descarregadas da van e levadas até o meu quarto por dois senhores de quase 70 anos de idade. Eles simplesmente não deixaram a gente pegar nelas. Era o serviço deles e eles estavam prontos para fazê-lo. O mesmo aconteceu quando as duas senhoras vieram ao quarto para a arrumação e limpeza.
Pensei que o insitituto pagava pelo menos as passagens deles. Mas não é assim que funciona. Ontem, almoçando com alguns desses voluntários, descobrimos que cada um paga a sua própria passagem e não recebe literalmente um centavo para trabalhar aqui. São três meses de trabalho, de segunda a sábado, com apenas um dia livre. Esses voluntários não estão aqui para pregar, dar aulas ou dirigir os períodos de cânticos. Estão aqui para lavar pratos, limpar o chão, tirar o lixo, carregar malas, limpar a piscina, cortar a grama, alimentar os peixes.
Que bênção é poder ser útil e servir aos outros pelo simples prazer de servir. Como eu gostaria de ver a mesma atitude nos cristãos de nosso país, incluindo a minha igreja local. Quantas vezes fugimos da raia, nos escondemos por trás de desculpas esfarrapadas simplesmente porque não queremos oferecer nosso tempo, energia, dinheiro e saúde para o serviço do reino, quando isto significar alguma coisa que não apareça ou seja reconhecida.
Mais disponibilidade para servir capacita a igreja a fazer coisas que hoje são impossíveis e impensáveis.
Esta foi a primeira grande lição do mês.
Direto de Maui, HI,
