Paulo é um personagem que me fascina. É um exemplo para ser observado e seguido. Numa situação na na cidade de Listra temos uma boa idéia de sua fascinação com as coisas de Deus.
Estava Paulo pregando com Barnabé e, depois de um milagre, os habitantes de Listra se enfurecem. Incitados pelos judeus, uma multidão enfurecida o rodeia. Não havia policiais, não havia para onde escapar. Havia somente muitos rostos enojados que se preparavam para espancá-lo. Era como querer acalmar uma torcida brava quando seu time perde um clássico por goleada. Não se podia controlar. Não havia possibilidade de falar. Não havia chance para o diálogo. Alguém deu a primeira investida e depois tudo tornou-se um caos. Socos, pontapés, cusparadas, insultos, até que decidiram apedrejá-lo.
Não lhe atiraram pedregulhos. Atiraram pedras pontudas e pesadas, capazes de fazer um belo estrago. Não precisava de muita coisa. Eram pedras sendo atiradas. E Paulo estava lá, atirado no chão coberto de sangue e morto.
Quando já não se movia mais, a multidão teve medo e o tirou da cidade. Lucas, depois de contar tudo isso, escreve este simples parágrafo: “Mas quando os discípulos o rodearam, ele se levantou e entrou na cidade. No dia seguinte partiu com Barnabé para Derbe” Atos 14:20.
Qualquer ser humano normal teria ido para sua casa ou para o hospital para curar os ossos quebrados. Ou simplemente para descansar dos inúmeros golpes pelo evangelho. Mas Paulo não. Ele não era um ser humano normal. Ele foi a outra cidade para continuar pregando porque estava fascinado por Cristo.
O que o movia? Somente Jesus Cristo. Nada mais importava do que agradar-Lhe. Como estamos longe de Paulo e de seus sentimentos! Hoje somente vamos às reuniões e nem levamos a Bíblia para não sermos taxados de crentes nas ruas. Tratamos de não parecermos cristãos e nos envergonhamos de Jesus. Gastamos horas e horas na internet jogando conversa fora e nem mencionamos o quanto amamos Jesus, se é que o amamos. Preenchemos nosso tempo com tantas coisas fúteis.
Perdemos essa fascinação que Paulo tinha, e por isso somos tão medíocres. O pior é que isso já não nos importa mais. As pedras de Listra nos chamam para a reflexão. Deus deseja fascinarnos.