“Senhor, queremos ver a Jesus”. (João 12:21).
Que pedido cheio de significado ! Homens de origem grega, convertidos ao judaísmo, desejavam ver a Jesus.
Não escondiam desejos maldosos nem vinham para buscar vantagens pessoais. Queriam simplesmente ver, olhar, contemplar, apreciar a Jesus.
Por certo estavam impressionados com as informações recebidas sobre sua pessoa íntegra, dos milagres extraordinários e da autoridade exercida nos discursos proferidos. “Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas”. (Mateus 7:29).
Ainda circulava a notícia da ressurreição de Lázaro – que fato surpreendente devolver à vida um homem morto há quatro dias – ; depois, as notícias da ceia farta, numa demonstração de gratidão, oferecida pelas irmãs do ressuscitado; e finalmente, a entrada na cidade de Jerusalém montado em um jumentinho, sendo recepcionado com ramos de árvores e aclamado pelo povo “Bendito o que vem em nome do Senhor”.
E os gregos estavam encantados com o magnetismo do homem chamado “Jesus” e desejavam vê-lo.
Ate que ponto a pessoa de Jesus tem fascinado cada um de nos? Sua personalidade, seus milagres, seus discursos, seu poder, sua vida santa? Como chegamos, hoje, à sua presença? Queremos vê-lo pelos olhos da fé, ou apenas queremos explorar seu rico c bondoso coração com algum pedido para o nosso bem?
Claro que devemos apreciar todos os seus poderosos feitos, mas chega uma hora em que devemos fazer como os gregos de outrora.
“Senta ao meu lado querido Jesus, pois eu quero só contemplar-te”. E no silêncio da alma, ficar horas contemplando só a Jesus.
Vivemos numa época onde as pessoas se tornaram pedintes das graças para o seu bem estar, onde o egoísmo alcançou dimensão sem medida, e nada se faz sem desejar algo em troca. Pretendem ofertar cada vez mais para ter sucesso em seus negócios, numa barganha vergonhosa com Deus.
Quando o ser humano se tornar menos ganancioso para com Deus, menos mesquinho, e anular-se por inteiro, desejando no seu coração “ver” a Jesus, tudo por certo vai mudar.
Aqueles gregos viram em Jesus o “Deus dos impossíveis”, e por certo seguiram para suas casas com vidas e corações repletos de alegria.
Que tal olharmos para a ressurreição de Lázaro e descobrirmos que “Jesus é a ressurreição e a vida”? E na ceia em casa de Lázaro, saber que quando ele está presente tudo muda e ele deve ser adorado? E cavalgando no jumentinho, podemos descobrir que é o “Bendito que veio em nome do Senhor”, e que entra triunfante em nosso coração?
Que o Senhor abra os nossos olhos, e que com toda a reverência possamos viver a cada dia “querendo ver a Jesus”.
por Orlando Arraz Maz