“Porque, quando estive com vocês, resolvi esquecer tudo, a não ser Jesus Cristo e principalmente a sua morte na cruz.” [1]
Na tarde de terça-feira dia 19 de abril de 2005, milhões de pessoas em todo o mundo pararam para ouvir de uma frase em latim com 2 únicas palavras: Habemus papam. Após 4 escrutínios consecutivos realizados na Capela Sistina, os 115 cardeais romanos reunidos elegeram o sucessor do falecido Karol Wojtyla. Joseph Ratzinger, cardeal alemão, é eleito o novo papa – o bispo de Roma. Chefe da igreja católica romana.
Milhões de pessoas ovacionaram o novo pontífice com palmas, lágrimas e muita emoção. Poucos instantes após o anúncio célebre, o novo papa, que se auto-intitulou Bento XVI, vestido com roupas brancas costuradas pelo alfaiate oficial do Vaticano Filippo Gammarelli achega-se à janela e acena para a multidão que, completamente absorvida pela emoção, aplaude ainda mais o novo papa.
Como foram diferentes as coisas com Jesus…
Nasceu em um gruta na compania de animais. Possivelmente um lugar com forte odor de animais foi o lugar escolhido por Deus para o nascimento do Seu Filho. Seu nome original e seus muitos outros nomes foram dados por profetas antes mesmo do seu nascimento. Trabalhou duro até os trinta anos. Quando iniciou seu ministério, não foi capaz de usar este pretexto para tirar dinheiro de ninguém, vivendo uma vida abastada. Inclusive sugeriu a um jovem rico que, para ser perfeito ele deveria vender seus bens e distribuí-los entre os pobres.
Nunca possuiu um palácio. “…mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça…” [3]. Nem túmulo ele tinha para ser sepultado.
Seus discípulos, movidos pelo Espírito Santo, obedeceram fielmente às ordens de levar a Palavra até os confins da terra. Ele os havia instruído enquanto vivo, dizendo: “Ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, exceto um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro; que fossem calçados de sandálias e não usassem duas túnicas.” [4]. Em Seu Nome, foram mortos, perseguidos, torturados, censurados, caluniados e, contudo, não se calaram.
A Igreja não precisava de um Papa. Ela tinha Jesus. Os discípulos não precisavam de papamóveis ou jatinhos eclesiásticos ou mesmo de sandálias novas. Eles não precisavam de comida especial, vestimentas finas, estolas ou solidéus. Não usavam castiçais de ouro. Eles tinham o Espírito Santo.
Eles não falavam em latim, grego ou outra língua morta. Nem usavam linguagem rebuscada, ininteligível para os símplices. Eles foram ensinados por parábolas. A salvação não estava condicionada a sacramentos, dogmas ou semi-infernos onde as pessoas faziam vestibular para a salvação. Através de termos simples eles mostravam que a Salvação de Deus estava ali, viva, ao alcance de todos, e para obtê-la era preciso somente crer.
Milhares de pessoas hoje estão festejando o Habemus papam – Já temos um Papa. Eu, porém, prefiro me alegrar em outra realidade: Habemus Christum – Já temos Cristo. Fico triste ao pensar que muitos dos que hoje ovacionam o novo papa não possam festejar o fato de ter Jesus Cristo como Senhor em seus corações. Eles O tem nos crucifixos, nas bulas, nas liturgias, na história, mas não O tem em sua própria vida.
O termo “papa” é formado pela junção das primeiras sílabas de duas palavra latinas: pater patrum – “pai dos pais”. O termo pontífice provém do vocábulo pontifex – “construtor de pontes”, título sacerdotal usado nos ritos pagãos da Roma antiga, designando aquele que, por seu ofício de sacerdote, formava o elo ou ponte entre a vida na Terra e no Além. A forma pontifex maximus (sumo pontífice) era uma das expressões do culto divino dirigido ao imperador romano, e apenas a este. Unicamente o imperador era o pontifex maximus. [5]
Como são diferentes os textos bíblicos…
“Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem que se entregou para resgatar a todos. Esse é o testemunho dado nos tempos estabelecidos por Deus, e para o qual eu fui designado pregador e apóstolo – digo a verdade, não minto -, doutor das nações na fé e na verdade. Quero, portanto, que os homens orem em todo lugar, erguendo mãos limpas, sem ira e sem discussões.” [6]
De acordo com os termos adotados pela Igreja Romana – “Pai dos Pais” e “Sumo pontífice” ou “Sumo construtor de pontes”, só é possível concluir uma coisa: JESUS CRISTO É O MESMO, ONTEM E HOJE, E SERÁ SEMPRE O MESMO[7]. E, se isto é verdade, não precisamos de um outro pontífice, pois Jesus Cristo continua sendo o único mediador entre Deus e os homens.
Se hoje você quer um motivo para se regozijar, aí vai: Receba Jesus como o seu Único Salvador e regozije-se. Encha seus pulmões e grite bem alto para o mundo ouvir: Habemus Christum – Eu tenho a Cristo.
Notas:
[1] 1 Coríntios 2:2 (BLH) [2] Mt 19:21 [3] Mateus 8:20 [4] Mc 6:8-9 [5] Notas retiradas do site Só Cultura [6] 1 Timóteo 2:5-8 – Bíblia Católica Versão Pastoral [7] Hebreus 13:8 – Bíblia Católica Versão Pastoral