A Paixão de Cristo IV: O que as câmeras não viram

Não havia câmeras no monte do Calvário. Nada de fotógrafos, nem repórteres. Nem mesmo um pintor para fazer uma tela à óleo. Apenas testemunhas.
A imaginação, aliada à curiosidade humana, tem procurado retratar ao longo dos séculos aquelas cenas pavorosas. Quadros, encenações e filmes têm sido produzidos com o tema da Paixão de Cristo. Recentemente, um ator mundialmente famoso produziu outro um filme com este nome. Mais baseado em mitos e tradições religiosas do que nos relatos bíblicos, visando mais confundir do que explicar, foi mais uma tentativa de desviar o foco daqueles acontecimentos do seu verdadeiro significado, reduzindo sua importância à categoria de cenas chocantes para provocar emoções e sentimentalismo de várias espécies. Poderiam estas obras ser mais poderosas do que o registro de homens santos, que falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo?

O registro cinematográfico da Paixão de Cristo não é importante. O que importa é o seu significado fundamental para a história de humanidade e para a história das nossas vidas, em particular. Mesmo que jornalistas pudessem filmar em suas câmeras aquelas cenas, os bastidores jamais poderiam ser registrados.

As câmeras poderiam filmar os líderes tramando e conspirando contra o Senhor, apresentando acusações falsas. Mas não poderiam filmar o plano eterno, elaborado antes da fundação do mundo, anunciado pela primeira vez no Jardim do Éden e predito pelos profetas séculos antes daqueles dias. Não havia surpresa em tudo aquilo. Era apenas o cumprimento do propósito de Deus, que agradou moê-lo, fazendo-o enfermar.

Poderiam filmar os açoites dilacerando seu corpo, desfigurando seu aspecto. Mas não poderiam filmar nossos pecados colocados sobre o seu corpo naquele madeiro, para pagar o preço que devíamos a Deus por causa deles.

Poderiam filmar o sangue jorrando dos seus ferimentos, mas jamais poderiam filmar o valor eterno daquela vida que estava sendo entregue em favor de muitos.

Poderiam filmar os pregos. Foram os cravos dos romanos que O pregaram naquela cruz. Mas foi o seu amor e graça que O mantiveram ali. Isto não pode ser filmado. Precisa ser experimentado.

Poderiam filmar a escuridão daquelas horas. Era como que se a própria natureza se recusasse a colocar seus olhos naquela que, sem dúvida, foi a cena mais sagrada que este mundo já presenciou. Mas não poderiam filmar que naquele momento, Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo. Restaurando a Sua glória, que tinha sido manchada pelo nosso pecado.

Poderiam gravar seu brado “Está” consumado”, mas não poderiam registrar que naquele mesmo instante, nas regiões espirituais, a derrota do diabo e seus anjos estava sendo definitivamente decretada.

Jesus não morreu para dar um exemplo. Ele morreu para dar vida.

Jesus não morreu para emocionar. Ele morreu para salvar aquele que crê nEle.

Jesus não morreu para dar início a uma nova religião. Ele morreu para nos permitir ter comunhão com Deus.

Sua morte não aconteceu para satisfazer nossa curiosidade. Aconteceu para satisfazer nossa fome de Deus, às necessidades mais profundas da nossa alma.

Por tudo isso, muito mais necessário do que saber como Cristo morreu, é saber por que Cristo morreu. E para isto, basta ouvir o que ele mesmo disse:

“É necessário que o Filho do homem seja levantado [na cruz], para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.” (Palavras de Jesus a Nicodemos, conforme registradas no Evangelho de João, capítulo 3, versículos 14 e 15)

Mas o melhor ainda não foi dito. A história de Cristo não termina na cruz. Três dias depois de sua paixão, Jesus Cristo ressuscitou. Saiu gloriosamente do sepulcro novo onde o tinham posto. Ele está vivo. Ele não é um mito ou uma ilusão. Ele é real.

E qualquer um que, reconhecendo que é pecador e que, por isso mesmo, está perdido e sem relacionamento com Deus, clamar pelo seu nome, será salvo. Recebe a vida plena, completa, que Jesus oferece.

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