Chove chuva II

Amigos, não é reprise. O tema é reincidente. É que a chuva ainda não parou. Pelo menos no Céu, não parou. É, porque eu fui o primeiro pregador de São Paulo que eu conheço que já pregou no Céu. E voltei para contar a vocês como é que isto funciona. Você está preparado para ir para o Céu? Pensei em indicar uns amigos meus. Pregar onde? No Céu? Falei com o Marião de São Carlos. Ele disse que tava fora. Achava que ainda era muito novo e precisa estar na terra para ver a Mariana casar. Falei com o Cara do Site, ele desconversou. Disse que ele mesmo precisava casar. Falei com o Jabesmar, ele disse que era para deixar pra outra hora.

Calma, galera. Não é o céu dos céus. É só o “Céu Azul”, cidade satélite de Brasília! Ali tem um povo muito jóia, ligado na Palavra, que vem para as conferências até debaixo do dilúvio!

Como tantos de vocês que foram aos acampamentos de Carnaval pelo Brasil afora, lá também choveu. A gente se sentia um Noé de tanta água. Tirando sábado de manhã, choveu em todos os outros dias e momentos. Mas Deus é tão bom, que eu não posso achar que não tenha sido uma resposta de oração. Eu destesto (como creio que a maoria dos normais) pegar avião com chuva. E, acredite se quiser, só não vi chuva das 8h00 ao meio-dia daquele sábado. Tempo suficiente para levantar e pousar em plena segurança e sem sustos. “Senhor, é muita audácia da minha parte, mas se der para parar pelo menos umas duas horas, já está ótimo”. E parou mesmo.

Dali para a frente, foi água demais. Não dava nem para secar a toalha do banho. Você não teve o pressentimento nesses dias de que esse aguaceiro nunca mais iria parar? Não dava a impressão de que até o fim da sua vida, seriam apenas dias de chuva, barro e enchente? Gente, o sol sumiu. Deve ter ido para o Japão e está fazendo hora-extra por lá!

Mas na quinta-feira, o sol saiu, radiante sobre o céu da minha Piracicaba querida. Nem dava para acreditar. Não, a idéia de “sol nunca mais” era só uma precipitação. Uma certa dose de exagero. O sol sempre volta a brilhar.

Isso me faz lembrar uma expressão muitas vezes registrada nas Escrituras. Para alguns, será apenas uma ponte na narrativa de algum acontecimento. Mas para quem vivenciou as situações, certamente significou mais do que isso. É a expressão “depois destas coisas”. Já percebeu quantas vezes ela aparece? Graças a Deus por tê-la colocado tantas vezes na Bíblia que carregamos conosco. Porque chegam dias, que às vezes se tornam em semanas, meses e até em anos, que parecem que não vão acabar mais. São como aquela chuva torrencial dos dias de carnaval.

São dias, meses e anos em que parece que a gente nunca mais vai ver a luz do sol. São situações em nossa vida que parecem não ter mais solução. Como a chuva, fugiram do nosso controle. Aliás, nunca estiveram em nosso controle. Simplesmente aconteceram. É uma doença, uma desinteligência, uma liderança que não lidera, uma separação, um filho rebelde, um parente envolvido com drogas, um amigo alcoólatra, uma filha que ficou grávida, é a perda de um emprego. É chuva que não acaba mais.

Nesses tempos, é bom lembrar do “depois destas coisas”. Esse dia vai chegar. De um jeito ou de outro, vai chegar. Nada é para sempre. Tudo passa (dizem que até a uva passa…). Nada é definitivo. Nem o que ganhamos nem o que perdemos. Só Deus é para sempre. Só o Seu Reino dura eternamente. E é Ele quem controla a chuva. É Ele quem controla o curso dos acontecimentos.

Hoje deixo esta palavra a muitos amigos que conheço e que neste mesmo instante gemem sob a opressão do sofrimento, da dor e da perda. Vai passar. E há de chegar o dia em que você poderá escrever no caderninho da sua vida: “DEPOIS DESTAS COISAS”.

E quando o sol brilhar, você vai sair de casa, olhar para o céu e dizer: “Obrigado, Senhor, porque a história ainda não acabou”.

Pensando bem:

A chuva vai passar.