No ano passado a PCUSA (Presbyterian Church of the United States – Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos) tomou a decisão em sua Assembléia Geral de aceitar como pastores e pastoras da denominação gays e lésbicas praticantes.
Os presbiterianos daquela denominação que não aceitaram esta decisão e que também estavam já preocupados com outros rumos desta denominação marcaram uma reunião para janeiro deste ano (2012), que aconteceu em Orlando, na Flórida. Havia cerca de 2100 participantes inscritos presentes representando cerca de 500 congregações da PCUSA. Lembremos que há aproximadamente 11.000 igrejas da PCUSA nos Estados Unidos.
Na reunião ficou decidida a fundação de uma nova entidade reformada, que será chamada “The Evangelical Covenant Order of Presbyterians” (“A Ordem Pactual Evangélica de Presbiterianos”), abreviada como ECO. Os detalhes ainda estão sendo trabalhados, mas provavelmente esta “Ordem” deverá funcionar como uma nova denominação, embora este ponto ainda não esteja claro.
Foi distribuída uma lista com os “valores” teológicos e pastorais da ECO:
- Identidade moldada por Jesus (em que a questão essencial é se a pessoa é realmente um discípulo de Jesus);
- Integridade bíblica (em que a questão essencial é saber se as Escrituras, única Palavra de Deus e que tem autoridade absoluta, realmente define a nossa identidade);
- Teologia Reflexiva (em que a educação teológica reformada é estimada);
- Comunidade responsável (em que as igrejas são comunidades onde a orientação é realmente uma experiência corporativa espiritual);
- Ministério igualitário (em que os dons espirituais de ambos os sexos e de todos os grupos raciais e étnicos são “desencadeados”);
- Centralidade missional (em que a Igreja “vive” a toda a Grande Comissão “, incluindo a evangelização, formação espiritual, compaixão e justiça redentora”)
- Espiritualidade focada no centro (em que a Igreja chama as pessoas para o núcleo do que significa seguir a Jesus e “não se fixa sobre os limites”)
- Liderança rápida (em que a Igreja identifica e desenvolve os líderes que são dispostos a assumir riscos, inovadores e orgânicos);
- Vitalidade do Reino (pelo qual a igreja reproduz ativamente comunidades missionais).
Já foram redigidos os documentos principais da futura entidade e foram apresentados na reunião – um projeto dos compromissos teológicos do grupo e um outro com o projeto de estatuto da nova instituição.