Eleições 2010: Qual é a minha parte?

Amigos, no próximo domingo, dia 3 de outubro, os brasileiros vão novamente às urnas para nossas eleições majoritárias. Teremos o direito de escolher um deputado estadual, um deputado federal, dois senadores, o governador e o presidente da República.

Como nos pleitos do nosso passado recente, os últimos meses foram repletos de informações e contra-informações, denúncias e desmentidos, acusações e defesas. Sobraram e-mails em minha caixa postal. Ouvi de tudo e mais um pouco. Tenho certeza de que com você aconteceu o mesmo. Sempre tem alguém de plantão para repassar uma “mensagem profética”, um “alerta importantíssimo”, um link com “um vídeo que você tem que assistir”. Ri com alguns, me indignei com outros, respondi uns poucos (porque o tempo me falta para certos tipos de discussão). Percebi como as pessoas ainda se deixam usar como massa de manobra, como ainda há pessoas que acreditam em notícias sem fonte e sem identidade. Ouvi debates na Internet entre cristãos a respeito de consciência política, alguns em alto nível e com excelente conteúdo, outros menos… Ouvi e assisti a pastores usando os púlpitos para fazer campanha direta ou indireta (“votem neste candidato”, “votem no partido tal” ou “não votem no partido tal”, “não votem no candidato tal”).

Apesar de discordar de grande parte dos métodos utilizados para isso, fico realmente feliz por perceber que o povo de Deus está atento ao que acontece ao seu redor e que está mais interessado do que em outros tempos no que diz respeito a levar a sério seu dever cívico. Somos, afinal, responsáveis pelas pessoas que elegemos para governar o país e isto, sem dúvida, faz parte do exercício da nossa espiritualidade. Não adianta ficar reclamando somente dos governantes: temos parte no processo na medida em que elegemos desde o síndico do prédio até o presidente da República.

Creio, no entanto, que está faltando um elemento chave. Não vi e não recebi (pode ser que tenha havido e espero que sim, mas eu não vi) nenhum e-mail ou iniciativa que levasse a igreja brasileira a clamar a Deus em favor do Brasil. Por isso, quero sugerir que é momento mais do que oportuno, nesta semana que antecede as eleições, para dobrarmos nossos joelhos pela Nação Brasileira, que ainda está mergulhada nos vícios, na imoralidade, na idolatria, na feitiçaria, no materialismo, na injustiça social e em tantos outros problemas.

Uma vez que cremos que “toda autoridade é constituída por Deus” e que “feliz a Nação cujo Deus é o SENHOR”, que tal se esta semana cada um de nós, ao invés de continuar repassando e-mails de caráter tendencioso e de veracidade duvidosa, cada um de nós mandasse uma mensagem para nossos contatos pedindo que eles dediquem 5 minutos de oração todos os dias desta semana pelo país e pelas eleições?

Fale com os membros da sua igreja, do seu grupo pequeno, repasse este texto para seus amigos e incentive-os a fazer isso. Nos dias seguintes, confirme se fizeram isso mesmo. Se tiver uma chance, pare agora mesmo o que está fazendo e clame ao Senhor pela nossa pátria. Peça sua direção na hora de escolher seu candidato e peça que a vontade dEle se cumpra para o nosso país. Tenha certeza: isso vai fazer muito mais diferença do que a boca de urna que anda atolando nossas caixas de e-mail nas últimas semanas.

Que tenhamos a consciência cristã (que não exclui a liberdade democrática de escolha) e que domingo que vem a gente leve a sério nosso dever de cidadãos e cristãos. Que Deus use os novos governantes (sejam eles quem forem) para promover a justiça e a paz para nossos patrícios.