O pastor estadunidense Pat Robertson sugeriu na quinta-feira que o derrame sofrido pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, foi um castigo divino. O motivo da punição seria o fato de Sharon “dividir a Terra Santa” e ter ordenado a retirada de tropas israelenses da Faixa de Gaza.
Robertson fez tais afirmações em seu programa de TV, o TV 700 Club, no qual defende uma postura cristã ultraconservadora. “Deus é inimigo daqueles que dividem sua terra. Ele considera que esta terra [Israel] é sua”, disse o pastor. “Ai de qualquer primeiro-ministro de Israel que decida dividi-la, Deus dirá: ‘Não, esta terra é minha”, completou.
Ainda em duras críticas a conduta de Sharom, Pat Robertson disse: “Agora ele está à beira da morte, mas antes estava dividindo a terra de Deus”. Embora severo em suas declarações, o pastor se disse triste pela condição do premiê israelense, pois “ele é uma pessoa agradável”. Sharon, de 77 anos, está internado em estado grave após ter sido submetido a duas cirurgias para conter uma hemorragia cerebral.
Os comentários de Robertson resultaram na imediata condenação do embaixador de Israel nos Estados Unidos. Mas não é a primeira vez que Robertson provoca uma onda de críticas por causa de seu comportamento radical. Em meados do ano passado despertou seus opositores ao sugerir o assassinato do presidente da Venezuela, Hugo Cháves.
O pastor é ex-aspirante republicano à Presidência dos Estados Unidos e um dos líderes da extrema-direita religiosa do país.